Consumo nos lares teve alta de 2,47% no primeiro semestre do ano, aponta pesquisa

Aumento no consumo pode estar relacionado ao resgate do PIS/Pasep, pagamento do IR e queda na cesta básica

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cesta basica
Foto: Reprodução.

O primeiro semestre do ano registrou alta de 2,47% no consumo das famílias, é o que revela os dados da Abras (Associação Brasileira de Supermercados). Comparado com o mesmo mês de junho do ano anterior, a alta chega a 6,96%.

Já no comparativo com maio,  o indicador apresentou alta de 0,55%. O número abrange loja, atacarejo, supermercado convencional, loja de vizinhança, hipermercado, minimercado e e-commerce.

Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Impacto

O aumento no consumo pode estar relacionado ao resgate do PIS/Pasep, o pagamento dos lotes residuais de Imposto de Renda 2022, a ampliação da isenção do imposto de renda, os pagamentos do 1º e 2º lotes de Restituição do Imposto de Renda, o pagamento de precatórios e a antecipação do 13º de aposentados e pensionistas do INSS também contribuíram para essa elevação.

O resultado também pode estar relacionado a 35 produtos de largo consumo, que apresentou diminuição no primeiro semestre, sendo alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza.  Na análise regional, a maior queda no indicador ocorreu na Região Norte (-2,11%), seguida do Centro-Oeste (-2,09%), Nordeste (-1,51%), Sudeste (-1,17%) e Sul (-0,30%

Em junho, todas as regiões pesquisadas registraram deflação nos preços da cesta, que passou de R$ 750,22 em maio para R$ 741,23, um recuo de -1,20%, na média nacional.

As carnes foram os principais produtos da cesta com o maior recuo de preços no período. De janeiro a junho, a carne bovina – cortes do traseiro – registrou queda de -8,20% e os cortes do dianteiro (-5,88%), o frango congelado (-5,78%) e o pernil (-2,42%). Em junho, a variação ante maio foram: cortes do traseiro (-2,51%) e o corte dianteiro (-1,30%), o frango congelado (-1,27%) e o pernil (-2,40%).

Já em relação aos itens básicos, foi registrado queda no preço do óleo de soja (-24,52%), café torrado e moído (-3,42%) e farinha de trigo (-1,10%). Já as altas foram puxadas por farinha de mandioca (+9,53%), leite longa vida (+9,17%), arroz (+6,45%), feijão (+4,78%).

Com condições climáticas mais favoráveis, a única alta de preço na cesta de hortifrutis no acumulado do ano foi registrada no tomate (+4,08%). Cebola (-43,47%), batata (-4,47%) apresentaram quedas no período.

Na cesta de limpeza, os preços ficaram praticamente estáveis em junho, no entanto, no acumulado do semestre, desinfetantes (+5,16%), sabão em pó (+4,17%), detergente líquido para louças (+2,10%) e água sanitária (+1,77%) puxaram as altas na categoria.

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