Com menos impostos, gasolina cai para R$ 5,95 e motoristas fazem fila em Campo Grande

Nas redes sociais, motoristas compartilham postos com gasolina abaixo dos R$ 6

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
gasolina
Motoristas em fila para abastecer com gasolina a R$ 5,95 (Foto: Marcos Ermínio, Midiamax)

Mesmo sem a redução do ICMS sobre a gasolina em Mato Grosso do Sul, o preço médio do combustível nas bombas começou a cair em Campo Grande. A redução é reflexo da baixa de impostos federais e do congelamento do PMPF (Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final) no Estado. Nesta terça-feira (5), já é possível encontrar a gasolina a R$ 5,95 na Capital.

Em posto localizado no cruzamento das ruas Maracaju com Calógeras, no Centro de Campo Grande, a placa anunciando o combustível a R$ 5,95 atraiu dezenas de motoristas, que fazem fila e não se importam em esperar para abastecer com o combustível mais barato.

Em postos da rede Shell, como o localizado na Via Parque e em rotatória na Avenida Três Barras, a gasolina a R$ 5,99 também atraiu motoristas nesta manhã. O valor também é praticado por posto da rede Bonatto na rotatória da Coca-Cola.

Gasolina a R$ 5,99 também pode ser encontrada no posto Ipiranga da Rachid Neder e na unidade da Katia Locatelli na Mascarenhas de Moraes o motorista pode abastecer o litro a R$ 5,97.

Atentos à baixa dos preços, motoristas também usam as redes sociais para compartilhar os locais onde a o combustível está abaixo dos R$ 6, situação incomum nos últimos meses em Mato Grosso do Sul. Em post de grupo de indicações no Facebook, mais de 150 comentários indicavam locais onde a gasolina está mais barata a partir desta terça-feira.

Confira aqui post com indicações de internautas sobre o preço da gasolina em Campo Grande.

gasolina
Gasolina caiu para R$ 5,95 nesta terça (Foto: Marcos Ermínio, Midiamax)

Redução de impostos sobre a gasolina

Na última quinta-feira (30), Reinaldo anunciou que o Estado seguiria o Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) e congelaria o PMPF (Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final).

O valor do ICMS é aplicado sobre a base de cálculo do PMPF e sobre esse valor são aplicadas as alíquotas – de 30% para a gasolina e de 12% para o diesel em Mato Grosso do Sul. O valor, de acordo com Reinaldo, não baixa a não ser por meio de discussão no STF (Supremo Tribunal Federal).

“O STF, por meio do ministro Gilmar Mendes, deu um prazo para a União de cinco dias para se manifestar. Vamos aguardar esse prazo”. Segundo o governador, Mato Grosso do Sul já abriu mão de R$ 400 milhões em tributos neste ano. “Mesmo assim, os combustíveis subiram 14 vezes. Então a culpa não é dos Estados e sim da Petrobras”, disse.

Como é calculado o preço dos combustíveis em MS

São 5 (cinco) os fatores que influenciam nos preços: o Preço Internacional do Petróleo, a política de preços aplicada pela Petrobras; o refino, distribuição e revenda; o preço do etanol e os impostos aplicados. Desses fatores, o que mais interfere é a política de preços da estatal de combustíveis. No caso do diesel, compõe 65,9% do valor do litro. Na gasolina, chega a R$ 40,1%.

Atualmente, Mato Grosso do Sul aplica uma alíquota de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) de 30% na gasolina e 17% no diesel. O que o Governo do Estado fez na última quinta-feira (30) foi prorrogar o congelamento do PMPF (Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final), que serve como base de cálculo para o ICMS.

Assim, o valor do ICMS é aplicado sobre uma base de cálculo – o PMPF – e sobre essa base são aplicadas as alíquotas. No entanto, o STF (Supremo Tribunal Federal) pede que todos os Estados apliquem a mudança, que segue definição do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária). O Confaz alterou as regras de cobrança do ICMS na esteira da decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) André Mendonça, que determinou, na última semana, que as alíquotas do ICMS cobradas sobre todos os combustíveis sejam uniformes em todo o país.

Porém, Mato Grosso do Sul e mais Estados insistem em não baixar a alíquota e o assunto ainda será julgado em plenário no STF.

Últimas Notícias