Pandemia é ‘prato cheio’ para aumento abusivo nos produtos e serviços, aponta Procon
Diante da situação de pandemia pelo coronavírus (Covid-19), alguns serviços e produtos específicos tiveram maior demanda. Entretanto, consumidores se depararam com aumento repentino e sem justificativa nos preços. O Procon-MS (Secretaria Executiva de Proteção ao Consumidor) fez uma verdadeira ‘via sacra’ para evitar abusos que foram verificados em toda a cadeia, desde a produção…
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Diante da situação de pandemia pelo coronavírus (Covid-19), alguns serviços e produtos específicos tiveram maior demanda. Entretanto, consumidores se depararam com aumento repentino e sem justificativa nos preços.
O Procon-MS (Secretaria Executiva de Proteção ao Consumidor) fez uma verdadeira ‘via sacra’ para evitar abusos que foram verificados em toda a cadeia, desde a produção e distribuição até chegar ao consumidor final.
“Preço abusivo é o grande ícone da questão. Mas é uma cadeia, alguns se aproveitaram da pandemia, outros não. Nós verificamos se o aumento ocorreu por parte do produtos, da indústria, na distribuidora ou se é por parte do comerciante. Nós tentamos entender o porquê esse produto ficou mais caro. Em alguns casos conseguimos reduzir o preço”, explicou o superintendente do Procon-MS, Marcelo Salomão.
Tudo começou com o aumento nos preços de combustível, justamente, quando houve uma interrupção de serviços não essenciais e o índice de isolamento das pessoas era alto. Ou seja, houve queda na venda de gasolina, etanol e diesel.
Classificado como ‘insanidade’ pelo superintendente do Procon, o aumento de preços de materiais como máscaras e álcool gel, os produtos mais procurados da pandemia, foi o segundo alvo da fiscalização. “Fizemos um acordo com a AMAS (Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados) para que fossem vendidos a preço de custo e fiscalizamos estabelecimentos farmacêuticos para combatermos essa insanidade do aumento, bem no meio da pandemia”, destacou Salomão.
Com essa questão resolvida, a reclamação se voltou para os alimentos, que também foram muito procurados pelos consumidores no período. “Recebemos várias denúncias de cestas básicas, principalmente do feijão, que conseguimos reduzir o preço. Fomos atrás das notas de compra dos mercados e também conseguimos reduzir o preço da cartela do ovo”, informou.
O Procon também atuou frente às escolas particulares, em ação conjunta com a defensoria pública. A ação resultou na redução de até 20% na mensalidade de algumas instituições.
Mudanças pós-pandemia
Para o superintendente do Procon-MS, o período de pandemia serviu para reflexão e mudança nas pessoas sobre os hábitos de consumo. “Os consumidores ficaram mais atentos, começaram a observar melhor o preço, prazo de validade, estão denunciando mais”, destacou.
Ainda conforme Salomão, a pandemia tem promovido uma visão voltada à economia doméstica. “As pessoas estão vendo a necessidade de usar melhor o seu dinheiro, o consumidor está olhando melhor o preço, temos um índice de divergência muito alto, isso é importante”, pontuou.
A forma de fazer denúncia também foi ampliada. Agora, o Procon-MS recebe denúncias via aplicativo MS Digital, que pode ser baixado gratuitamente. Além dos outros canais como o site, o telefone 99158-2508 e pelo 151.
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