Denominada Operação Quaresma

Em fiscalização realizada entre os dias 30 de janeiro a 16 de fevereiro, a AEM-MS (Agência Estadual de Metrologia) constatou que metade das embalagens de pescados e crustáceos congelados vendidos em Mato Grosso do Sul estava com o peso abaixo do especificado.
 

Denominada Operação Quaresma, os fiscais fizeram vistorias em estabelecimentos comerciais de Chapadão do Sul, Cassilândia, Naviraí, Caarapó, Dourados, Itaporã, Paranaíba, Aparecida do Taboado, Três Lagoas, Bataguassu e Campo Grande. Segundo o  diretor presidente da Agência, Nilton Rodrigues, esta é a maior operação do gênero já realizada no Brasil.

Ao todo foram coletadas 1.850 amostras de 42 marcas diferentes. De acordo com a Agência, produtos com as mesmas especificações foram divididos em 79 grupos para serem pesados e o resultado apurado pela média. Destes 79 exames, 39 foram reprovados e 40 aprovados.
Em um dos casos, a diferença entre o que constava na embalagem e o que mostrou a balança foi de até 30% a menos, como no caso da marca 7 Barbas.  Ao invés de 800 gramas, o peso apurado foi de 555,7 gramas.

O filé de peixe congelado Cascudinho do Mar, da marca Vitalmar, que deveria conter 800 gramas na embalagem, pesou em média apenas 588,2 gramas. Uma defasagem de 26%. Também da Vitalmar, o filé de Merluza tinha diferença de 190 gramas na embalagem de 800 gramas, constataram os fiscais da AEM/MS.

A Vitalmar e a Costa Sul Pescados – ambas de Santa Catarina – figuram como campeãs em reprovações, com todas as 7 análises de produtos pesando menos do que o especificados na embalagem. Zaltana, Copacol e Rio Preto tiveram duas análises aprovadas e duas reprovadas, cada uma. 

A marca com o melhor índice de aprovação foi a Mar & Terra, de Itaporã (MS), com oito amostras aprovadas e apenas uma reprovada, e ainda assim com diferença de apenas 22 gramas na embalagem de um quilo.

Dos 39 produtos com pesos diferentes (para menos) do que consta na embalagem, 30 foram retirados de comercialização no Estado pela alta margem de distorção. As empresas produtoras foram chamadas para corrigir o erro e, caso não o façam, esses produtos podem ter a venda. É tolerada uma diferença máxima de 3%, explica Rodrigues. “A retirada desses produtos do mercado é uma medida para proteger o consumidor de prejuízo”, frisou.

(Matéria editada às 8h29 do dia 20 de março, para retirada de informações à pedido da Semade)