Empresa diz que alimentos passam por controle de qualidade

O jantar seria almôndegas ao molho vermelho, mas quase virou almôndegas com corpo estranho. A estudante Beatriz Cândido Alfredo Wink afirma ter encontrado um ‘bicho morto’, dentro do sachê de molho de tomate, da marca Quero, comprado em uma rede atacadista de Campo Grande. 

Acabei de abrir uma lata de almôndegas e queria mais molho, abri um ladinho desse molho da marca Quero, de manjericão com pedaços de tomate. Porém, senti um cheiro forte, sei que o manjericão não tem esse cheiro e resolvi abrir a embalagem. Me deparei com esse negócio dentro, parece um bicho morto, cheiro está horrível, cuidado ao usar, abrir separado em uma vasilha para depois pôr na panela“, postou no Facebook a estudante.

Beatriz diz que no SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) foi informada que o produto poderia ser recolhido para análise. “Sabemos que nunca admitem que tem algo fora do normal. Agora, vou ligar na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O mercado não tem culpa, não é por má conservação, está com validade ok, não apresentava avarias na embalagem”, explica. Já que o produto não foi devolvido, a consumidora congelou o molho de tomate até decidir o que fazer. 

A empresa que produz o molho de tomate, a Kraft Heinz, informou que seguiu o procedimento padrão de atendimento ao consumidor e agendou a retirada para análise e substituição do produto no próximo dia 10. Porém, a consumidora se negou a receber um novo sachê de molho de tomate, assim como Beatriz também informou.
 
A empresa reitera que não há qualquer contraindicação ao consumo dos lotes presentes nos mercados hoje e declara que adota rigoroso controle de qualidade em todas as etapas da produção, desde a escolha de fornecedores, processo produtivo e distribuição final dos seus produtos. Internamente, possui diversos mecanismos que avaliam de forma constante suas boas práticas de fabricação dentro de um Sistema de Gestão da Qualidade próprio e aplica ferramentas de segurança alimentar para anular qualquer risco de contaminação em seus alimentos”, informou por meio de nota.

O caso foi publicado em um grupo de vendas da Capital e outras pessoas disseram já terem encontrado ‘coisas’ estranhas dentro da embalagem. No Reclame Aqui, também há várias reclamações sobre a marca. 

VÍDEO: consumidora diz ter encontrado 'bicho morto' em molho de tomate

No Rio de Janeiro

No Zona Sul do Rio de Janeiro, em abril deste ano, o músico Gustavo Loureiro teve experiência semelhante. De acordo com jornais cariocas, ele afirmou ter encontrado um rato morto dentro da embalagem. “Estávamos preparando o molho à bolonhesa e já tínhamos usado uma embalagem inteira. Ainda chegamos a usar metade da outra embalagem, mas não havíamos percebido que estava contaminada. Somente quando abrimos todo o produto é que veio a surpresa desagradável. Fiquei muito assustado”, relatou ele. 

Em 2013, um laudo técnico identificou que houve fragmentos de pelo de roedor em um lote de ketchup produzido no México pela empresa. Em junho deste ano, a Anvisa proibiu a distribuição e venda em todo o país de um lote de extrato de tomate da marca Heinz, porque foi encontrado pelo de roedor em amostras do produto. 

De acordo com a Heinz, tratava-se de um caso de julho de 2015 e que, na ocasião, todos os produtos foram recolhidos, “não havendo qualquer contraindicação ao consumo dos lotes presentes nos mercados hoje”.

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