A demora para responder o problema que teria sido ocasionado por uma visita técnica irá fazer a NET perder uma cliente de sete anos nos próximos dias. Rosimeire Oliveira Borges viu sua casa ser prejudicada por seis goteiras que surgiram segundo ela após a visita de um técnico da empresa. Para consertar o telhado ela precisou nas férias ir atrás de pedreiro ao invés de descansar e ainda precisou gastar R$ 250,00.

“O rapaz que arrumou o telhado pra mim filmou a situação que estava e conferimos que haviam três telhas quebradas além de uma delas que ficou desencaixada. A desencaixada aliás foi a que deixou o maior buraco para a chuva. Não sei ainda qual caminho vou seguir mas pretendo receber esse dinheiro de volta. O certo é que não fico mais com a NET. Perderam uma cliente de sete anos, que nunca atrasou. O serviço deles eu já vinha achando ruim”, relatou a professora muito decepcionada com o transtorno que passou.

Na casa de Rosimeire apesar do conserto do telhado o reflexo das goteiras ainda persiste. O quarto de hóspedes segue bagunçado, com vários móveis e peças levadas de outros cantos da residência. Na sala, porém, a televisão já não está com a lona e o piso ficou livre dos baldes. Em virtude do transtorno, a mãe da professora, de 84 anos, que estava hospedada no local, foi levada para a casa do neto. A idosa se locomove com andador e para evitar acidentes com o chão molhado não pode permanecer no local.

“É um direito da cliente ir ao Procon e reclamar da empresa só que nesse caso não será possível o ressarcimento do prejuízo que ela teve com o conserto. O órgão poderia até lavrar uma multa a empresa só que o dano material do indivíduo ele deve buscar ser ressarcido de outra forma. No Juizado de Pequenas Causas a cliente conseguiria solicitar o seu dinheiro do conserto de volta mesmo sem um advogado. No transtorno enfrentado por essa consumidora é evidente o dano moral também, o que lhe abre a alternativa também de entrar com uma ação através de um representante”, explica o presidente da Comissão de Direito do Consumidor da OAB/MS, Leandro Provenzano.

Até o fechamento desta reportagem a NET não havia enviado uma resposta oficial sobre o caso. Rosimeire Oliveira Borges alega que no sábado pediu auxílio da empresa pela Central de Atendimento, registrado pelo protocolo 0011140575648176. A operadora deu um prazo de 48 horas para uma resposta a consumidora que não obteve um retorno no previsto segundo ela confirmou ao Midiamax.