p> De todas os municípios em que há uma unidade do Procon em Mato Grosso do Sul algumas mostram dificuldade em fomentar a defesa pelos direitos do consumidor. Falta de estrutura da coordenadoria do órgão e ausência de uma política contínua inviabilizam um maior registro de queixas ou abertura de processos.

Aquidauana, distante 146 km da Capital, e com 46 mil habitantes é um exemplo disso, já que a cidade teve por mês uma média de dez atendimentos a clientes insatisfeitos e 133 anuais. A repartição trabalha com sete comissionados e custa mensalmente algo próximo de R$ 15 mil aos cofres públicos.

São Gabriel D’Oeste, que tem a metade da população de Aquidauana registrou cinco vezes mais atendimentos. Bela Vista, por outro lado, no ano de 2013 teve só três atendimentos por mês em média, enquanto Cassilândia no período inteiro só quatro clientes que procuraram o órgão.

“O Procon-MS vai intensificar reuniões com as Prefeituras do interior onde há uma dificuldade para estruturação da coordenadoria do órgão. Para que a lei seja aplicada é preciso que o sistema dê certo, já que quando uma cidade não tem a unidade bem estruturada o consumidor precisa vir a Capital ou até desiste”, anuncia o superintendente da entidade em Mato Grosso do Sul, Alexandre Resende.

No Interior a ineficiência do Procon não é uma unanimidade. Pelo contrário cidades como Dourados, Três Lagoas, Corumbá e Naviraí operam juntas mais atendimentos que os 14 mil da Capital. Naviraí com uma população 3 mil habitantes maior que Aquidauana obteve em 2013 uma média mensal de 247 atendimentos, atingindo 3127 anuais.