Depois de dois meses consecutivos de queda – quando chegou a atingir o menor nível desde abril de 2009 – a confiança do consumidor voltou a subir em junho, segundo levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV). Na comparação com o mês anterior, o indicador teve alta de 1%, para 103,8 pontos.

“O resultado positivo no mês é, contudo, insuficiente, para alterar a tendência declinante, iniciada em novembro do ano passado, do indicador de médias móveis trimestrais”, diz a FGV em nota.

A melhora foi maior na percepção dos consumidores em relação à situação atual, que subiu 2,2% na passagem de maio para junho, alcançando 109,6 pontos. As expectativas para o futuro tiveram alta bem mais modesta, de 0,1%, para 100,7 pontos.

Entre os subitens referentes à situação atual, o indicador que mede o grau de satisfação com a situação financeira da família avançou 2%. A proporção de consumidores que avaliam a situação como boa aumentou de 19,2% para 21,6%, enquanto a dos que a julgam ruim aumentou em menor proporção de 14,1% para 14,4%.

Os consumidores também se mostraram menos preocupados em relação ao orçamento doméstico para os próximos meses: o otimismo em relação à situação financeira familiar subiu 1,9%, para 127,1 pontos. A parcela de consumidores projetando melhora subiu de 32% para 33,9%; enquanto a dos que preveem piora caiu de 7,3% para 6,8%.

A Sondagem de Expectativas do Consumidor é feita com base numa amostra com cerca de 2.000 domicílios em sete das principais capitais brasileiras. A coleta de dados para a esta edição foi realizada entre os dias 2 e 23 de junho.