Com o fim da greve dos bancários coincidindo justamente com um dos dias mais movimentados nos bancos, o quinto dia útil, clientes de Campo Grande reclamam das grandes filas que se formaram nesta terça-feira (7). A equipe de reportagem do Jornal Midiamax circulou por algumas agências da Capital e encontrou muita gente parada nas filas.

O SEEB-CG (Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos  Bancários) Campo Grande informou que o movimento estará normalizado até a próxima semana.

De acordo com o empresário Wilian Sodré, de 43 anos, os grevistas deveriam escolher uma data para fazer greve que não coincida com dias de muito movimento. “Todo mundo tem o direito de pedir aumento, porém, eles deveriam paralisar bem antes do quinto dia útil para que esse tumulto não ocorra”, reclama.

Para a promotora de vendas Liriana Pacheco, de 25 anos, infelizmente esse movimento acontece todos os anos. “Acho que devo ficar nessa fila por no mínimo uma hora, já estava na hora de resolverem isso”, diz.

A aposentada Onezina Ribeiro de Arruda, de 68 anos, diz que reservou todo o tempo da sua tarde, exclusivamente, para ir ao banco. “É terrível que isso aconteça. Essa será minha programação para hoje”, frisa.

A também aposentada Maria Campos, de 64 anos, diz não saber em qual horário vai sair do banco. “Só Deus sabe quando saio daqui. Eles deveriam colocar mais gente para atender”, esbraveja.

Segundo a presidente do SEEB-CG, Iaci Azamor, a maioria das agências realizaram uma realocação de funcionários a fim de atender a população. “Muitos bancos transferiram os funcionários do serviço interno para o atendimento ao público; em alguns lugares o número de atendentes passou de dois para cinco”, informa.

Iaci faz uma orientação para a população a qual não tem necessidade emergencial de ir ao banco: “quem não está precisando, neste momento, nós aconselhamos que procure as agências apenas na próxima semana. Assim, o atendimento estará mais tranquilo”, diz.

A greve

Os bancários entraram em greve para pedir reajuste salarial, o fim das metas abusivas e a fixação de um maior piso salarial para categoria, entre outras reivindicações. A paralisação durou sete dias e atingiu todo o país.

Em Campo Grande a greve afetou 133 agências bancárias e 11 postos de atendimento na Capital, bem como outras 57 agências distribuídas em 27 municípios do Estado.