Nova CPI: Homex gerou 80 reclamações no Procon e 200 no Ministério do Trabalho

Os vereadores que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada na Câmara para solucionar o problema de moradores e trabalhadores com a empresa mexicana Homex começam na semana que vem as oitivas. Segundo o relator da CPI , vereador Carlão (PSB), os primeiros ouvidos serão os moradores que tiveram prejuízo com a empresa. A […]

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Os vereadores que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada na Câmara para solucionar o problema de moradores e trabalhadores com a empresa mexicana Homex começam na semana que vem as oitivas. Segundo o relator da CPI , vereador Carlão (PSB), os primeiros ouvidos serão os moradores que tiveram prejuízo com a empresa.

A CPI foi criada na Câmara há um mês, mas o vereador Carlão justifica que os vereadores estavam aguardando os documentos solicitados pela comissão ao Ministério Público do Trabalho, Procon e demais órgãos competentes para poder iniciar os trabalhos.

Segundo o vereador, documentos fornecidos pelo Procon e pelo Ministério do Trabalho revelam que mais de 280 pessoas já fizeram denúncias contra a empresa. Para descobrir quem são os responsáveis pelo prejuízo a comissão deve ouvir o diretor-presidente da EMHA na gestão passada, Paulo Matos e o Secretário de Governo de Nelsinho Trad, Rodrigo Aquino. Desta gestão, serão chamados o presidente da EMHA, Amilton Cândido de Oliveira, e o Secretário de Obras, Semy Ferraz.

A CPI foi criada para que a empresa responda pelas rachaduras em diversos apartamentos, que deve custar R$ 100 mil, para resolver problemas com esgoto a céu aberto e garantir a entrega de quatro blocos que estão com obras paralisadas, faltando 20%, 17%, 11% e 7% para serem finalizados. O seguro da Caixa Econômica Federal até cobre o valor necessário para terminar a obra paralisada, mas a seguradora precisaria de autorização da empresa mexicana para entrar no canteiro de obras.

Antes de abrir a CPI os vereadores chegaram a falar que vão sugerir ao prefeito a desapropriação da área comprada pela Homex em Campo Grande. Eles justificam que a empresa mexicana só construiu 20% da área adquirida e o terreno tomado garantiria a construção de novas casas e as benfeitorias prometidas no contrato, que inclui até construção de escola.

Além dos problemas na construção, a empresa também deixou de pagar vários funcionários e os moradores têm que conviver com o cheiro insuportável de um esgoto a céu aberto. No dia 16 de outubro o Ministério Público Estadual  (MPE) vai tentar firmar um TAC para solucionar o problema. Os vereadores que integram a CPI foram convocados para a reunião que pode resolver um dos vários problemas dos moradores.

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