Às vésperas da volta às aulas (na rede pública na próxima quarta-feira, dia 6, e nas unidades particulares hoje, dia 4), os pais e responsáveis dos estudantes enfrentam uma verdadeira maratona nas papelarias de Campo Grande, em busca do material escolar. Lojas da área central organizam filas para evitar tumulto, empurrões e correria. Um revezamento está sendo feito, para entrar nos estabelecimentos é preciso que outros clientes saiam. A espera na fila está demorando em média 40 minutos.

Atento á demanda, o sócio-proprietário da papelaria Shop Tudo, Jorge Fernandes, preparou a loja para absorver a demanda. “Essa foi a alternativa encontrada para receber a todos. Se não fizermos isso, as pessoas não conseguiriam circular pela loja para adquirir os produtos que precisam e não as atenderíamos de forma satisfatória”, enfatizou.

Deixar as compras para a última hora, na opinião da técnica em enfermagem, Carolynne Capelo, 29 anos, já é uma tradição do povo brasileiro. “Quem é que não deixa para a última hora? A molecada estava de férias e os gastos eram outros. Agora não tem mais como adiar”, comentou.

Os consumidores se mostram atentos à diferença dos preços praticados pelas lojas. “Sempre busco qualidade e preço, por isso pesquisei a lista de compra há duas semanas, quando não tinha tanta gente nas lojas, agora vim para comprar, mas não imaginava que teria fila”, afirmou Carmem Anhussi, auxiliar de dentista.

Na semana passada, o Procon/MS divulgou a segunda pesquisa de preços de materiais escolares na Capital, que detectou diferença de 245% a 323% nos dez itens com as maiores diferenças entre um estabelecimento e outro. Os dados divulgados apontaram uma variação média de -0,55% em relação à pesquisa anterior, feita no dia 11 de janeiro.