Quem foi abastecer seu veículo nesta quinta-feira nos postos de em Sidrolândia já pagou mais caro pelo combustível. O litro da gasolina já ultrapassou o patamar dos R$ 3,00, com um reajuste que variou entre 4,76% e 4,04%.

No Pé de Cedro, o litro da gasolina comum subiu de R$ 2,94 para R$ 3,08; o álcool teve correção 1,28%,de R$ 2,33 para R$ 2,36 e o óleo diesel, subiu 2,79%, passou de R$ 2.359 para R$ 2.4525. No Posto Vacaria, a gasolina passou de R$ 2,97 para R$ 3,09 (a aditivada a R$ 3,11); o álcool se manteve em R$ 2,345; o diesel está 2,10% mais caro, com o litro passando de R$ 2,37 para R$ 2,42.

No caso dos modelos populares, uma tanqueada de 40 litros, com o aumento aplicado, fica R$ 5,60 mais cara, passando de R$ 117,20 para R$ 123,20. Continua não sendo vantajoso para quem tem carro flex, optar pelo álcool.

Conforme especialistas, como o motor do carro fica mais potente com etanol, ele também consome mais combustível, e o abastecimento com etanol compensa mais que o com gasolina, financeiramente, quando o preço do litro do etanol é 70% do preço da gasolina.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, anunciou que o governo vai antecipar, de 1º de junho para 1º de maio, a elevação da mistura de etanol na gasolina dos atuais 20% para 25%.

De acordo com o ministro, o governo espera que a medida leve a uma pequena redução no preço da gasolina, que nesta quarta sofreu reajuste de 6,6% nas distribuidoras – de acodo com o governo, para os consumidores a alta deve ficar em torno de 4%.

Questionado se as usinas seriam capazes de elevar a produção do etanol para dar conta da demanda com a elevação da mistura, Lobão disse que os produtores “garantiram de mãos juntas” que isso será feito.

“Se não der conta, nós teríamos que ampliar o prazo para primeiro de junho, e não maio. Mas o setor garante que vai produzir cerca de 26 a 27 bilhões de litros de etanol [na atual safra]”, disse o ministro. Segundo ele, na safra passada foram produzidos 22 bilhões de litros.

No ano passado, o governo reduziu a mistura depois que o preço do etanol sofreu sucessivos aumentos, provocados por produção abaixo da demanda. A redução foi feita porque os aumentos estavam impactando no preço da gasolina.

Lobão disse que o governo estuda novas medidas para incentivar os produtores de etanol, mas não informou quais são elas. No ano passado, foi aberta uma linha de financiamento para o setor, no valor de R$ 4 bilhões. De acordo com o ministro, desse total foram emprestados R$ 2,7 bilhões. Entretanto, disse ele, o setor investiu R$ 7,5 bilhões, sendo a maior parte em recursos próprios.