Consumidor enfrenta demora na entrega de produtos da linha branca em Campo Grande

Com vendas aquecidas de eletrodomésticos, a entrega dos produtos demora até 15 dias em alguns casos, onde o normal seria de 2 a 3 dias

O aumento do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) da linha branca (fogões, geladeiras, máquinas de lavar e tanquinhos) não surtiu efeito no comércio varejista de Campo Grande, que vive um momento de aquecimento nas vendas. A procura, porém, resultou em um prazo de entrega maior do que o comum.

Em algumas lojas, um produto que antes era entregue em dois dias demora até 15 dias para chegar à residência do comprador.

“Desde o ano passado que não registramos queda nas vendas da linha branca, mesmo com o aumento nos preços causado pelo IPI um pouco maior”, comentou Reginaldo Almeida Gonzalez, gerente de uma loja no centro da Capital, na esquina das ruas Barão do Rio Branco e 14 de Julho.

Segundo Gonzalez, hoje o prazo de entrega da loja é de até 15 dias, superior ao habitual, que era de exagerando quatro dias. “E o que salvou foi uma compra enorme que a loja fez, de estoque, no início do ano, se não ia ser maior”, explicou.

O gerente afirma que a linha branca é o carro chefe das lojas, com destaque para as vendas de fogões e máquinas de lavar.

O governo prorrogou a alíquota mais baixa IPI produtos da linha branca, que venceria em dezembro deste ano, por mais seis meses, Apesar de continuar menor do que o “normal”, a alíquota subiu em fevereiro, deixando os produtos mais caros.

Para fogões, por exemplo, a alíquota normal de IPI é de 4% e estava em zero com a desoneração. Ela continuou em zero até o fim de janeiro, passando para 2% de fevereiro a junho deste ano. No caso de geladeiras, a alíquota normal é de 15%, mas subiu para 7,5% entre fevereiro e junho de 2013.

 Mesmo com o anúncio do fim da desoneração do imposto em julho, os lojistas acreditam que a União vai voltar atrás e prorrogar novamente o benefício.

Vendas de fevereiro segura entregas

Em outra loja no centro de Campo Grande, também na rua Barão do Rio Branco, próximo da rua Dom Aquino, o prazo de entrega só está o mesmo devido às vendas deste mês, que não subiram muito.

“O que impediu o problema de entrega foi uma venda um pouco menor neste mês, em relação a janeiro”, afirmou Kelcio Luis Oliveira, gerente do estabelecimento.