Inadimplência do consumidor aumenta 6,9% em junho

A inadimplência do consumidor brasileiro aumentou 6,9% em junho deste ano, contra 3,61% em maio e 2,24% em abril. As vendas em junho tiveram queda de 4,79% sobre o mês de maio, e a recuperação de crédito (o número de pessoas que se candidataram a novos financiamentos) ficou em 0,41%. Os dados foram divulgados hoje […]

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A inadimplência do consumidor brasileiro aumentou 6,9% em junho deste ano, contra 3,61% em maio e 2,24% em abril. As vendas em junho tiveram queda de 4,79% sobre o mês de maio, e a recuperação de crédito (o número de pessoas que se candidataram a novos financiamentos) ficou em 0,41%. Os dados foram divulgados hoje (6) pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL).

No primeiro semestre deste ano, a inadimplência cresceu 4,25% em relação ao mesmo período do ano passado. As consultas ao Serviço de Proteção de Crédito (SPC Brasil), que refletem intenções de compra, no entanto, apresentaram em junho alta de 8,66% em relação a junho do ano passado. A CNDL prevê que deverão crescer as vendas a prazo, “indicando forte elevação da atividade”, expectativa que era menor em maio, de acordo com o presidente da confederação, Roque Pellizzaro Júnior.

Para Pellizaro, a inadimplência ainda é preocupante, embora a recuperação de crédito mostre número favorável. “Isso porque são indicadores que têm bases de comparação diferentes”. Os comerciantes estão preocupados com a capacidade de endividamento do consumidor brasileiro que, de acordo com o Banco Central, passa de 23% sobre o seu rendimento, segundo o dirigente lojista.

“Quando essa margem passa de 20%, já se acende a luz amarela”, disse Pelizzaro. Ele explicou que “a inadimplência significa menos gente comprando, por isso o comércio prefere que o consumidor seja criterioso na hora de comprar, só assumindo compromissos que possa cumprir”. Na sua opinião, o aumento da inadimplência indica “o atendimento de uma demanda reprimida, com a ânsia de melhora de vida pelas classes sociais”.

Para o presidente da CNDL, “os juros reais que estão sendo pagos na economia, em alta exagerada, desestimulam o investimentos no setor produtivo, pressionando os preços e a oferta de empregos”.

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