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Cotidiano

Sem novos leitos em MS, chegada do outono é sinônimo de hospitais lotados todos os anos

Crise que acomete saúde no início do outono é anual e esperada, mas agravada pela falta de leitos suficientes no Estado
Priscilla Peres -
Hospital lotado
Hospital lotado (Ilustrativa - arquivo Midiamax)

É só chegar na segunda quinzena de março, que o caos toma conta da saúde de . Unidades de saúde lotadas, pacientes esperando vagas em hospitais, falta de leitos em UTI, plano de contingência e colapso na saúde. O cenário é bem conhecido dos profissionais por ser sazonal, mas o cerne do problema é o mesmo: faltam leitos hospitalares.

A realidade é que existe apenas um leito em hospital para cada 607 pessoas em Mato Grosso do Sul. Bem longe do recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), de 3 a 5 leitos para cada mil habitantes. Conforme dados do Ministério da Saúde, são 6.690 leitos existentes em todo o Estado, dos quais 4.556 leitos são de atendimento público, via SUS.

Há anos, especialistas afirmam que o grande problema é a falta de hospital público municipal em , já que a demanda da Capital ‘disputa’ espaço com pacientes do interior na Santa Casa, Hospital Regional e Hospital Universitário. Assim, as unidades de saúde (UPAs e CRS) acabam sendo alternativas.

Em 1° de julho de 2024, a prefeitura de Campo Grande lançou o complexo hospitalar de Campo Grande, com abertura do processo licitatório para construção. A previsão é de 259 leitos, com inauguração em julho de 2026. O resultado da licitação ainda não foi divulgado.

Histórico de doenças respiratórias em março

Dados do painel de doenças respiratórias da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Campo Grande, mostram que, historicamente, os casos de SRAG crescem a partir da semana 11 do ano (março). Os dados de 2020, 2021 e 2022 sofrem influência da Covid-19.

Para se ter ideia, em 30 de março de 2023, o Jornal Midiamax noticiou que Campo Grande tinha 50 crianças por dia, aguardando vaga em UTI. Naquele ano, as doenças respiratórias atingiram principalmente os recém-nascidos, levando à alta demanda por internação.

Em 2023, Campo Grande teve 2.780 casos de SRAG, resultado em 314 mortes. Em 2024, foram 2.900 casos de SRAG, com 350 mortes. Em 2025, Campo Grande soma 428 casos de doenças respiratórias e 35 mortes, até a semana 12 do ano. No mesmo período do ano passado, eram 491 casos de SRAG em Campo Grande.

No ano passado, a crise na saúde de Campo Grande foi em abril. A prefeitura decretou emergência no dia 30 de abril de 2024, com 29 crianças na fila por leito hospitalar. Em 2025, a prefeitura emitiu nota no dia 24 de março, com adoção de medidas emergenciais na saúde para evitar um colapso.

SES vê aumento precoce dos casos

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde afirma que o Estado estava com uma média de 100 casos por semana de SRAG, o que chama a atenção por ser fora do período sazonal. “Esse aumento já acende um alerta para o que está por vir com o início oficial do período sazonal, que começa em abril”, diz Lívia Maziero, gerente de Influenza e Doenças Respiratórias da SES.

Entre abril e julho, durante os meses mais frios do ano, é esperada maior circulação de vírus respiratórios e, consequentemente, mais gente contaminada. Nesta época, é esperado aumento nas hospitalizações, especialmente entre crianças de 0 a 9 anos.

Os sintomas podem incluir síndromes gripais ou, em casos mais graves, podem levar à internação. A melhor maneira de se prevenir é tomando anualmente, a vacina contra a .

“Sabemos que leva cerca de 15 dias para que a população vacinada tenha uma resposta imune mais eficaz, o que pode ajudar a melhorar a resposta do organismo ao contato com os vírus”, afirma a especialista da SES.

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