O ‘sonho’ do Centro de Radioterapia com atendimento ao SUS (Sistema Único de Saúde), em Campo Grande, pode se tornar realidade ainda em 2025. As obras avançam no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, com previsão breve da chegada do equipamento de aceleração linear.
O cronograma, atualizado mensalmente pelo Ministério da Saúde, mostra o avanço das obras em Campo Grande. Em maio, a estrutura física chegou a 73%, e a previsão da chegada do acelerador linear em junho representa um importante passo.
Além do término das obras físicas e da chegada do equipamento a Campo Grande, o Centro de Radioterapia ainda vai depender de licença de operação para ser inaugurado. Com isso, a conclusão deve acontecer somente no segundo semestre de 2025, um ano após a previsão inicial.

Falta de equipe
Mas para que o atendimento da radioterapia se torne realidade em Mato Grosso do Sul, falta um ‘detalhe’ importante: equipe qualificada para operar o equipamento e realizar os atendimentos, que deve ser contratada pela saúde estadual.
Profissionais radioterapeutas ou radio-oncologistas não foram previstos em concurso do Hospital Regional realizado em 2024, portanto, não existem no quadro atual de servidores. Outra questão é a privatização do Hospital Regional, com leilão previsto para o segundo semestre do ano.
A operacionalização do Centro de Radioterapia do HRMS ainda é uma incógnita, diante dos planos estaduais de privatizar o hospital. A PPP (Parceria Público-Privada) para o HRMS prevê reforma completa do atual prédio e a construção de dois novos blocos hospitalares.
Tal reforma deve ampliar a capacidade de atendimento para 577 leitos, frente aos cerca de 350 existentes atualmente. O valor estimado de investimento (Capex) é de R$ 954 milhões, enquanto o custo operacional anual (Opex) deve girar em torno de R$ 158 milhões.
Novo cronograma
Questionados sobre a operação do Centro de Radioterapia, o Hospital Regional respondeu, via assessoria de imprensa, que aguarda definições junto ao Ministério da Saúde sobre o cronograma da obra.
Afirma que o cronograma já passou por diversas alterações desde o início das intervenções, mas que, paralelamente, o HRMS iniciou um estudo técnico preliminar, voltado à definição do modelo de gestão e da operacionalização do serviço.
“A intenção é que, tão logo a obra seja concluída, o hospital possa dar sequência imediata aos trâmites necessários para viabilizar o pleno funcionamento da unidade”, destaca a nota. O estudo técnico não foi disponibilizado.

Espera sofrida
O projeto do centro de radioterapia do HRMS começou a sair do papel ainda em 2012, ou seja, são quase 12 anos de atrasos. Enquanto isso, a fila de pacientes de câncer no Estado aumenta, sem importante recurso para tratamento.
Desde 2008, o Hospital Regional está sem o serviço de radioterapia, penalizando pacientes de todo o Estado. Embora tenha sido incluída no plano federal de expansão do serviço ainda em 2012, a unidade do HRMS sofreu uma série de atrasos.
Pouco após ser criada expectativa de melhoria no serviço de radioterapia, a Operação Sangue Frio, da Polícia Federal, revelou irregularidades no tratamento de pacientes oncológicos no Estado. Uma “Máfia do Câncer” agiria para desviar recursos públicos do setor, conforme apontaram autoridades policiais e o Ministério Público.
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