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Cotidiano

Parque das Nações vira ponto de vacinação contra a gripe e registra 200 aplicações em 3 horas

Neste sábado (24), campo-grandenses aproveitaram o passeio para se vacinar contra a influenza
Lethycia Anjos, Carol Leite -
Vacinação contra a gripe
Vacinação contra a gripe (Helder Carvalho, Midiamax)

Quem foi ao Parque das Nações Indígenas para praticar atividades físicas ou passear pode aproveitar para se proteger contra a gripe. Em ação realizada neste sábado (24), a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), aplicou mais de 200 doses do imunizante contra o vírus da influenza em três horas. A vacinação segue até às 17h.

A estratégia de levar a vacina até o parque tem como foco ampliar o acesso e facilitar a vacinação, especialmente do público infantil — que ainda registra baixa adesão na campanha. “A escolha do lugar foi por causa das crianças, que são o público-alvo da vacinação e está tendo baixa procura”, explica Vanessa Bezerra, enfermeira da Sesau.

Vacinação contra a gripe
Valnice Pereira (Helder Carvalho, Midiamax)

Muitos aproveitaram o plantão para se vacinar sem precisar sair da rotina. É o caso da aposentada Valnice Pereira, de 68 anos, que garantiu sua dose durante o passeio.

“Eu acho que na minha idade o melhor é se prevenir. A gente toma por prevenção, principalmente na terceira idade, porque quando a gripe vem aí é difícil. Então o melhor é estar prevenida”, afirmou.

Vanessa também reforçou a importância de chegar cedo para evitar filas nos momentos finais do atendimento.

“A gente pede para a população chegar com antecedência, para evitar filas longas e correr o risco de não conseguir se vacinar”, alerta.

Campo Grande soma 47 mortes por influenza

Vacinação contra a gripe
Vacinação no Parque das Nações Indígenas (Helder Carvalho, Midiamax)

Os dados reforçam a importância da imunização. Campo Grande registra uma das maiores taxas de letalidade por Influenza do Estado, com 288 casos confirmados (sendo 284 por Influenza A e 4 por Influenza B), 47 evoluíram para óbito.

Além disso, segundo boletim da CIEVS (Coordenadoria de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde), divulgado na última sexta-feira (23), o município já soma 127 óbitos por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) em 2025 e um segue em investigação.

Do total de mortes, 47 decorreram de Influenza, 10 por Covid-19, 9 por vírus sincicial respiratório, 4 por rinovírus, 3 por outros vírus e 53 não tiveram agente causador especificado.

Embora a maioria dos casos ocorra em crianças, a letalidade é maior entre idosos com 70 anos ou mais. Campo Grande contabiliza ainda 1.560 notificações de SRAG, com 867 casos confirmados, 238 em investigação e 455 sem agente etiológico identificado.

A vacina oferecida pelo SUS (Sistema Único de Saúde), está aberta para toda a população a partir dos seis meses. Ela protege contra três cepas do vírus Influenza: H1N1, H3N2 e Influenza B, conforme a Instrução Normativa nº 261/2023 da Anvisa.

Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde e Ambiental da Sesau, Veruska Lahdo, o período atual é marcado por alta circulação de vírus respiratórios, o que torna a vacinação ainda mais essencial. “Reforçamos que todas as pessoas a partir de seis meses podem — e devem — se vacinar. Aproveitem os plantões do fim de semana e não deixem para depois. A prevenção é sempre o melhor caminho”, orienta.

Para receber a dose, é necessário apresentar um documento com foto. Conforme a Sesau, a expectativa é continuar promovendo plantões como este para alcançar mais pessoas e evitar complicações causadas pela gripe.

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