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Cotidiano

Organizadores pedem ‘protesto seguro’ contra aumento da tarifa de ônibus e divulgam orientações

Entre as orientações estão pedidos pela não vandalização de espaços
Liana Feitosa -
ônibus consórcio guaicurus
Ônibus do Consórcio Guaicurus (Foto: Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Marcada para as 18h desta quarta-feira (29), manifestação de usuários do de pretende chamar a atenção da população e do poder público contra o aumento da tarifa do transporte na capital. Para isso, os organizadores do ato divulgaram lista com orientações aos participantes.

Por meio das redes sociais, os organizadores pedem que os manifestantes estejam preparados para as condições do ato. A manifestação está marcada para começar no Terminal Morenão.

Assim, entre as orientações estão pedidos pela não vandalização de espaços, evitar dispersão, não revidar a provocações e não conceder entrevistas a mídias que não estejam devidamente identificadas.

Confira os pedidos da organização

  • “Levar garrafa de água para evitar a locomoção a bebedouro e outros locais fora do ato para evitar complicações consequentes da desidratação.”
  • “Usar, calça e tênis fechado.”

Durante o ato:

  • “Não se disperse do bloco nem se afaste demais sem ter alguém acompanhando.”
  • “Sempre siga as orientações das pessoas destacadas para fazer a segurança do ato, sempre que houver algum problema comunique.”
  • “Não revide as provocações das pessoas, e não busque atrito com as forças de segurança. Importante ouvir e saber comunicar, ter controle da situação.”
  • “Não vandalize o espaço, seja com tinta, lixo ou qualquer outro material, isso pode colocar todo o ato em risco.”
  • “Se vocês forem abordados para responderem perguntas por pessoas que não aparentam ser de nenhum veículo midiático, não respondam. A tática de mídias difamatórias dos empresários é se infiltrar em atos como esse e entrevistar as pessoas para depois tirar do contexto e tentar difamar a pauta, avise pessoas de movimentos que estão preparados para responder e serem entrevistadas.”

Após o ato:

  • “Quando for voltar para casa, tente voltar com conhecidos e totalmente descaracterizado (sem roupas partidárias).”
  • “Lembre de avisar algum conhecido que você está voltando para casa e avisar quando chegar.”

Sobre o aumento

A Prefeitura de Campo Grande divulgou o novo valor da tarifa de ônibus na noite da última quinta-feira (23). Com reajuste após determinação judicial, um passe do transporte coletivo na Capital de custará R$ 4,95, o que representa um aumento de 3,51%.

Receita bilionária

Os empresários de ônibus de Campo Grande são o verdadeiro exemplo do ‘mau negócio’ que rende milhõesNa verdade, bilhões. Isso porque equipe técnica da prefeitura da Capital certificou auditoria contábil nas planilhas do Consórcio Guaicurus e atestou que a concessionária teve receita de R$ 1.277.051.828,21 (um bilhão, duzentos e setenta e sete milhões, cinquenta e um mil, oitocentos e vinte e oito reais e vinte e um centavos) de 2012 a 2019 – somente os oito primeiros anos do contrato. Os técnicos chegaram aos valores a partir de balanços enviados pelas próprias empresas de transporte.

Conforme documento oficial da Agereg, os lucros do Consórcio Guaicurus só aumentaram. “Mantendo-se em um nível linear entre os períodos de 2016 a 2018, excetuando o exercício financeiro de 2019 com baixa, porém, mesmo registrando baixa em suas receitas [em 2019], o Consórcio auferiu lucro para o período, melhor que o exercício imediatamente anterior”.

Apesar de lucrar milhões explorando o transporte público em Campo Grande, perícia autorizada pela Justiça revelou que, desde 2015, a idade média dos ônibus que circulam nas ruas ultrapassou a média de 5 anos, determinada pelo contrato. Em vez de utilizar os recursos para melhorar os serviços, o laudo pericial apontou ainda que o número de ônibus nas ruas só diminuiu. “Evidente que o Consórcio sempre possuiu condições de adimplir o contrato de concessão”, diz documento da Agereg.

Frota crítica

De alçapão voando a elevador emperrado, em 2024 o Jornal Midiamax registrou diversos momentos desafiadores vividos por quem depende do transporte público, contrariando, totalmente, a informação de que “o serviço do Consórcio Guaicurus é excelente para conforto, acessibilidade, pontualidade, qualidade da frota e pessoal a serviço”.

Condições precárias dos ônibus do Consórcio Guaicurus (Fala povo, Jornal Midiamax)

Acessibilidade é de longe um dos pontos a melhorar quando o assunto é transporte coletivo. Isso porque são frequentes as reclamações de usuários que dependem do elevador para embarcar e desembarcar dos ônibus alegando que ficaram “presos” na condução ou não puderam subir, porque a escada estava emperrada.

Em janeiro de 2024, por exemplo, o auxiliar administrativo, Nelson Corrêa, de 63 anos, não conseguiu desembarcar de um ônibus na Avenida Júlio de Castilho devido ao elevador que havia estrago.

Também em janeiro, um passageiro registrou goteiras em um dos ônibus que presta serviço à população. Nas imagens é possível notar um furo no teto do ônibus 3265 da linha 051, que faz trajeto entre o Terminal e o . Na época, ele até ironizou dizendo que estava “refrescante”.

Faça chuva ou sol, este é o principal problema vivido por usuários do transporte coletivo: a falta de espaço dentro dos ônibus. Nos horários de pico, então, as conduções se transformam em grandes – e abafadas – latas de sardinha.

Em uma das situações relatadas, eram 5h30 quando os passageiros se aglomeravam para entrar na linha 080 (Terminal Aero Rancho / Terminal General Osório).

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