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Cotidiano

Onça capturada após ataque e morte de caseiro em MS não deve voltar para a natureza

O animal está em atendimento veterinário no CRAS
Layane Costa, Osvaldo Sato -
A onça foi capturada no dia 14 de abril (Foto: Saul Schramm/Secom)

A onça-pintada capturada após o ataque e a morte do caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, no coração do sul-mato-grossense, não deverá retornar à natureza. O caso aconteceu na última segunda-feira (21).

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O animal, um macho, foi capturado apresentando 26 quilos a menos do esperado, visto que deveria pesar em torno de 120 quilos.

Contudo, agora o destino da onça não é retornar à natureza, mas sim ser mantida em cativeiro, conforme apurado pelo Jornal Midiamax. Após a sua captura, o animal passou a ser monitorado pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

“Ele não volta para a vida livre, será mantido em cativeiro, o local ainda será analisado”, explicou o professor e pesquisador Gedienson Araújo, especialista em animais de grande porte e integrante do Reprocon (Reprodução para Conservação).

Ainda conforme o pesquisador, a onça já integra o Programa de Manejo Populacional da Onça-Pintada, coordenado pelo ICMBio. O instituto também confirmou que a onça não deve retornar para a natureza.

“O animal deverá ser destinado a uma instituição mantenedora de fauna apta a recebê-lo”, informou o instituto em nota.

Captura do animal

O animal, que é um macho de 94 quilos, considerado magro para a espécie, foi capturado na madrugada dessa quinta-feira (24).

A captura do animal aconteceu três dias depois do ataque ao caseiro. A PMA (Polícia Militar Ambiental) localizou o animal próximo de onde o caseiro foi atacado. Cerca de 10 militares participaram da ação.

Nas imagens divulgadas pela PMA, o animal aparece já acordado dentro do veículo em que foi transportado e avança na grade ao perceber a proximidade de humanos.

No entanto, a polícia reforça que não é possível afirmar que esta foi a onça que matou o caseiro. “Capturamos porque era a que estava rondando a casa, está magra e abatida. Mas como ele (o caseiro) foi arrastado para o mato, outros animais podem ter atacado e comido”. Além disso, a PMA já havia dito que teriam mais animais da espécie no local.

Problemas renais e intestinais

A onça-pintada está em atendimento veterinário no CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), debilitada e sob cuidados por ser encontrada ‘combalida’, segundo nota divulgada pelo governo do Estado nesta sexta-feira (25).

“O animal apresenta desidratação, alterações hepáticas, renais e gastrointestinais. Para concluir o diagnóstico do estado de saúde, os veterinários aguardam laudos e resultados de exames complementares – de raio-x, ultrassom e hemograma – para uma melhor avaliação”, aponta a nota.

A onça, um macho de aproximadamente 9 anos e com 94 quilos, está bem abaixo do peso. “O felino, após retornar da anestesia, está consciente, e não apresentou novos problemas de saúde – vômito, regurgitação – na primeira noite no CRAS, e de modo geral apresenta comportamento dentro da normalidade”.

Risco de fugir?

O governo do Estado também esclareceu que não há risco da onça fugir, como aconteceu com um animal de 10 meses em 2010, que fugiu do CRAS por duas vezes.

“A onça está em um recinto com grades, e seguro para receber o animal e para o adequado manejo realizado pelos veterinários”, informou a nota.

Há 15 anos, a onça fugiu pela primeira vez rompendo as grades com as patas e dentes e cavando o chão. A fuga assustou moradores da região do Parque dos Poderes e chegou a causar a suspensão de caminhadas no Parque das Nações Indígenas, por precaução.

Da segunda vez, ela rompeu a solda das grades com as patas. No entanto, o CRAS foi totalmente reformulado desde então.

O que fazer caso encontre uma onça

O ICMBio indica o que fazer, caso encontre uma onça em seu habitat natural. Confira:

Ao visitar áreas do habitat natural de onças, recomenda-se observar as seguintes orientações:

  1. Evite caminhar sozinho (Trilhas em grupo são mais seguras, pois o barulho e o número de pessoas tendem a afastar os animais)
  2. Faça barulho durante a trilha (Converse, cante ou bata o bastão de caminhada nas pedras. O objetivo é não surpreender a onça — o maior risco é assustá-la)
  3. Evite trilhas à noite, ao amanhecer e ao entardecer (Onças são mais ativas nesses horários – crepusculares e noturnas)
  4. Não corra (Se avistar uma onça, mantenha a calma. Correr pode estimular o instinto de perseguição)
  5. Mantenha contato visual e recue devagar (Tenha o animal no campo de visão, mas olhe sem desafiá-lo, sem demonstrar medo, e afaste-se devagar, sem virar as costas)
  6. Jamais se aproxime de filhotes (A mãe pode estar por perto e se tornar agressiva ao tentar protegê-los).
  7. Evite levar cães (Cães podem provocar as onças, que os veem como ameaça ou presa, o que pode aumentar o risco de ataque)
  8. Preste atenção a sinais de presença (Pegadas frescas, fezes, arranhões em árvores ou carcaças de animais são indícios de que a onça pode estar por perto)

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