Os moradores das Moreninhas e entorno, já nem pensam mais em sair da região, pois, ali encontram todo tipo de serviço: lojas de roupas, conserto de celulares, óticas, mercados, utilidades e diversos outros. Ou seja, na região sul de Campo Grande, é comum conhecer pessoas que passam meses sem “botar a cara” no Centro. E o ápice de tudo seria ter um shopping nas proximidades, o que foi anunciado em 2017. No entanto, o tapume mostra que a obra não avançou…
“Seria muito bom se esse shopping viesse para as Moreninhas, com certeza, teria mais trabalho para as pessoas e traria mais melhorias para o bairro, enfim, investimentos, seria ótimo. Mas, falou, falou e morreu na praia”, lamentou a comericante Deise Roseane Costa, de 52 anos.
‘Mercado até mudou de lugar para ter o shopping, mas não virou em nada’, lamenta moradora

Moradora das Moreninhas há 45 anos, Deise relembra que a discussão inicial foi o endereço do shopping.
“Quando começou o falatório, ouvíamos que iria ser ao lado do Fort, ao lado do Banco do Brasil e depois foi para o lado do mercado, ali na Cafezais [avenida]. O mercado até mudou, mas, até agora nada”, comentou.
Quando estiver pronto, Deise ressalta que será uma cliente assídua. “Eu estou esperando pelo shopping, eu e meus familiares. E enquanto o comércio do lado de lá não acontece, no canteiro da Avenida Cafezais, segue pujante.
Josmar Antônio de Souza Ferreira, de 49 anos, é comerciante há 6 anos na região e diz que já ouviu muito sobre o shopping.
“O falatório é que era para ser construído há muitos anos. E a população está esperando, para valorizar ainda mais a região…bastante emprego, valorização, a região sul é das que mais valoriza. E abrindo, vai melhorar, só que está difícil e, enquanto isso, a gente aproveita a região e o momento”, comentou.
‘Povo está esperando’, comenta comerciante da região


O comerciante, inclusive, deixa o recado aos responsáveis pela obra. “Vamos investir na regiao sul, desenvolver este shopping, o povo está esperando”, comentou. Também vendedor na região, Ilário Medina, de 68 anos, diz que está apenas há três meses na região, porém, já ouviu pessoas falarem sobre o empreendimento.
“Ouvi muitas vezes as pessoas falarem. Ali no mercado ao lado, quando vou, o pessoal sempre comenta que está esperando o shopping, que precisava, para não precisar de ir ao centro. Seria lazer, emprego, muito bom se tivesse esta opção. E para mim seria bom, eu ganharia mais clientes também. A Moreninha e região merece um shopping, é só o que está faltando, porque aqui tem banco, tem tudo”, finalizou.

A reportagem foi em busca de respostas e conversou com um dos empresários da construtora Costa Hirota, o Patrick Gontier. Ele conta que o projeto inicial era um shopping menor, dentro das moreninhas, e depois mudou para a avenida.
“São várias decisões que nos levaram para aquele lado. Nós estamos falando que, em um raio de 5 km, falamos com quase 300 mil pessoas. Nossos concorrentes, diretos e indiretos, estão acima de 11 km de distância e o vetor de crescimento da cidade é exatamente nesta região”, inicia o empresário.
O investidor também ressalta que o shopping terá cerca de 150 lojas, com seis âncoras, cinco salas de cinema, seis restaurantes e serviços diversos de lazer para população.
“Este é um projeto privado e a gente não começa uma obra deste porte sem ter todas as aprovações. Existe uma última aprovação, que acredito que nos próximos 30 a 45 dias nós vamos ter, portanto, já vamos para a construção, então, quando a gente fala em estarmos atrasados, citamos algumas coisas, ou talvez até mais. O projeto que começaram a falar antes era de outra pessoa, inclusive, sem ter, na prática, assinado com o terreno e coisas do gênero. Nós estávamos pronto para fazer o lançamento dentro das Moreninhas, quando houve uma oportunidade de mudar de terreno, que desconfigura um shopping de bairro para se tornar um shopping da região. Tivemos questões complicadas desde então, de investimentos, enfrentamos uma pandemia e, logo depois, fomos para o rito de aprovação. A expectativa é grande, já estamos movimentando o terreno e o lançamento oficial de construção acontecerá o fim do primeiro trimestre ou segundo, do próximo ano”, finalizou Gontier.
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