Quase um mês após a morte da motociclista Aline Cândida, de 25 anos, atropelada por um ônibus após derrapar e cair da moto, a via onde ocorreu o acidente recebeu a instalação de um redutor de velocidade (lombada). O acidente ocorreu em 5 de maio, no cruzamento da Rua Engenheiro Paulo Frontin com a Avenida dos Cafezais no bairro Los Angeles, em Campo Grande.
Embora comemorada pelos moradores, um comerciante que trabalha em frente ao local do acidente ressalta que o problema no cruzamento vai além da velocidade dos veículos. Segundo ele, o principal fator de risco está no acúmulo de areia nas vias.
“Que bom que instalaram a lombada. Porém, os acidentes acontecem por conta da areia, e não devido à velocidade”, afirmou um morador da região.
O local passou por limpeza logo após o acidente, mas sempre que chove a areia volta a acumular.
Relembre o caso

Aline Cândida morreu no dia 5 de maio, após ser atropelada por um ônibus no cruzamento da Rua Engenheiro Paulo Frontin com a Avenida dos Cafezais. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, a motociclista derrapou em um grande acúmulo de areia ao fazer a conversão à esquerda, vindo da Paulo Frontin para acessar a Cafezais. Ao cair, acabou sendo atingida pelo ônibus, que seguia pela avenida e não conseguiu parar a tempo.
O motorista relatou que não viu a jovem, que estaria no chamado “ponto cego”. Aline era natural de Costa Rica, município do interior de Mato Grosso do Sul.
Acidentes são frequentes no local
A lombada é uma reivindicação antiga dos moradores. Na época do acidente, moradores relataram que os acidentes na região ocorriam quase diariamente. Uma das preocupações é o intenso fluxo de crianças no local, especialmente por conta da proximidade com a Escola Municipal Plínio Mendes dos Santos.
“Todos os dias cai um, dois, três. Já teve criança que foi parar embaixo de ônibus. Você não tem noção de como é esse cruzamento”, disse uma moradora.
Outro morador reforçou a sensação de insegurança e o crescimento da região:
“Aqui cresceu muito. O fluxo é absurdo. Em horário de pico, não conseguimos sair de carro de casa. Ou você sai antes, ou fica preso.”
Segundo os moradores, há dois anos foi aprovado um projeto de lei para instalação de um semáforo no cruzamento, mas a iniciativa ainda está em fase de licitação. Enquanto isso, a ausência de sinalização adequada e a falta de manutenção da via continuam sendo alvos de reclamação.
“Isso sempre acontece aqui. Esse caso foi fatal, mas todo dia tem acidente nesse cruzamento”, desabafou outra moradora.
O acúmulo de areia no asfalto se deve ao fato de que muitas ruas ao redor ainda são de terra. Com o vento e o tráfego de veículos, a areia acaba invadindo a pista e tornando o trecho escorregadio — especialmente perigoso para motociclistas.
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