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Cotidiano

‘Forte, doce, atenciosa, artista’: Vanessa Ricarte é homenageada por amigos e estudantes da UFMS

Além de compartilharem histórias em memória da jornalista, o grupo também conversou sobre a luta contra a violência de gênero latente em Mato Grosso do Sul
Jennifer Ribeiro, Lethycia Anjos -
Estudantes prestam homenagem à Vanessa Ricarte (Helder Carvalho, Jornal Midiamax)

Na manhã desta quarta-feira (21), durante a programação do 25° Congresso de Ciências da Comunicação, estudantes, professores e egressos do curso de Jornalismo da , bem como amigos da jornalista Vanessa Ricarte, reuniram-se para prestar uma homenagem a ela, organizada pelas universitárias membras do coletivo de mulheres dos cursos de Comunicação, denominado Coletivo Margarida Marques.

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Cerca de 20 pessoas estiveram presentes. Além de compartilharem histórias em memória da jornalista, o grupo também conversou sobre a luta contra a violência de gênero latente em .

Aline Oliveira, amiga de Vanessa e membra do Sindicato dos Jornalistas, esteve no local e rememorou histórias e vivências compartilhadas com a amiga. Segundo a jornalista, Vanessa tinha uma personalidade forte, era doce, atenciosa e artista. Tudo o que fazia, fazia com intensidade.

“Ela se entregava. Era poetisa, tocava teclado. Era uma excelente designer, aprendeu tudo sozinha. Sempre nos ajudava. Nos conhecemos em 2013, ela era minha chefe. Eu conhecia todo mundo ali, mas ela não. Na época, era professora de Língua Portuguesa e trabalhava no Sindicato. Desde então, seguimos nessa amizade”, contou.

Em seguida, Aline enfatizou a necessidade da união entre as mulheres na luta contra a violência de gênero. “Precisamos nos unir para que não nos tornemos estatísticas, temos que fazer o que nossas mães não conseguiram fazer por nós. E é por isso que quero dizer que o Sindicato dos Jornalistas criou a Comissão ‘Jornalista Vanessa Ricarte’. Esta comissão pretende realizar uma pesquisa sobre o perfil do jornalista sul-mato-grossense”, frisou.

Reflexão sobre o caso Vanessa

Conforme a professora Dra. Katarini Miguel, do curso de Jornalismo da UFMS, a profissão de Vanessa foi determinante para a proporção que o caso tomou. Isso permitiu que diversas entidades se sentissem tocadas e refletissem sobre a a que muitas mulheres são submetidas diariamente.

“Sabemos de toda a discussão que surgiu em torno da eficiência das políticas de proteção às mulheres após o caso da Vanessa. São muitos fatores que nos levam a pensar em como combater essa violência e qual é o papel da imprensa nesses casos. O fato de Vanessa ser jornalista nos faz pensar mais diretamente sobre isso.
Mas também é preciso considerar o contexto do Estado: temos índices alarmantes de violência. Infelizmente, o caso de Vanessa não foi o único. Os feminicídios continuam a ocorrer, apesar de termos uma estrutura de atendimento considerada pioneira no país (Casa da Mulher)”, afirma Katarini.

“Precisamos refletir sobre as causas, sobre as formas de acolhimento, e sobre como nós, enquanto jornalistas, podemos contribuir para esse debate. Não é apenas sobre minimizar a violência — o correto seria extingui-la.
Mas sabemos que é uma questão estrutural, que exige mudança profunda de pensamento e posicionamento no mundo. E nós, como jornalistas e como mulheres, temos o dever de ajudar a construir esse novo caminho”, acrescenta.

Coletivo Margarida Marques

O Coletivo Margarida Marques surgiu em 2020, quando o caso de Carla Magalhães, vítima de feminicídio em Campo Grande, era repercutido em todos os veículos de comunicação de Mato Grosso do Sul. Indignadas com a maneira com que o caso era tratado midiaticamente por alguns jornais, o grupo se formou como um espaço seguro para meninas e mulheres falarem sobre violências sofridas, além de levarem a imprensa a refletir sobre a construção de notícias nos casos de mulheres vítimas de feminicídio.

“Que possamos lutar e, principalmente, ter esperança de um futuro onde casos como esse não façam mais parte da nossa rotina. Que os agressores sejam julgados e os casos tratados como o que são: violência e ódio de gênero. Por fim, que elas [vítimas] não sejam lembradas apenas por como morreram, mas pelas grandes mulheres que foram. Lutaremos e permaneceremos por Carla, por Vanessa e por todas nós”.

Como parte da homenagem, os estudantes plantaram uma árvore e colocaram uma placa junto à do jornalista Michel Loran, que morreu aos 25 anos em decorrência de um aneurisma.

Homenagem à Vanessa Ricarte (Helder Carvalho, Jornal Midiamax)
Universitários homenageiam Vanessa Ricarte (Helder Carvalho, Jornal Midiamax)
Placa em homenagem à jornalista (Helder Carvalho, Jornal Midiamax)
Estudantes plantam árvore em homenagem à Vanessa Ricarte (Helder Carvalho, Jornal Midiamax)

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