Dezenas de caminhões carregados estão parados nas aduanas de Mundo Novo e Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, e só devem ser liberados para seguir viagem nos próximos dias. Já é possível ver pátios lotados e filas de caminhões.
A situação é reflexo de “cabo de guerra” vivenciado por auditores-fiscais da Receita Federal e o Governo Federal. Desde dezembro de 2024, a categoria está em greve e pede reposição salarial, alegando defasagem desde 2016.
Sem avanços, auditores-fiscais decidiram acirrar o movimento grevista suspendendo a liberação de todas as cargas — exceto produtos perecíveis e poucas outras, como medicamentos — para exportação e importação nas unidades alfandegárias de fronteira do país.
Em Mundo Novo, que tem feriado municipal nesta terça-feira, pelo menos 40 caminhões estão no pátio da Receita Federal aguardando a liberação, que deve ocorrer somente na sexta-feira (16). Além disso, já começou a se formar fila de veículos de carga nas vias de acesso à aduana, tanto do lado brasileiro quanto do paraguaio.
Já em Ponta Porã, que tem um fluxo de cerca de 150 caminhões por dia passando pela alfândega, o cenário é o mesmo: todas as liberações estão suspensas e dezenas de veículos de carga estacionados nas proximidades.
Retaliações
A categoria ainda afirma que sofreu duas medidas consideradas retaliatórias, sendo as resoluções 7 e 8 do Comitê Gestor do Programa de Produtividade da Receita Federal, que diminuíram o valor da remuneração variável da categoria.
“A crescente sensação de desvalorização entre os Auditores-Fiscais atingiu um novo patamar com os últimos eventos. A exclusão da categoria do reajuste salarial retroativo a janeiro, pago aos demais servidores do Executivo Federal em 2 de maio, gerou profunda insatisfação. A indignação aumentou ainda mais com a surpreendente publicação, na véspera do Dia do Trabalhador, de uma norma infralegal que prejudicará significativamente sua remuneração variável já no próximo mês. Diante desse cenário, a reação da categoria se manifesta em um aumento espontâneo de ações reivindicatórias”, ressalta o presidente do Sindifisco Nacional MS, Luiz Felipe Manvailer.
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