Anta ‘Duro-de-matar’ é identificada 1 mês após atropelamento em Campo Grande
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A Incab (Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira) confirmou na última quinta-feira (21) que a anta “Duro-de-matar” morreu atropelada na BR-163, em Campo Grande. Visto com frequência no Parque dos Poderes, o macho completaria 11 anos em 2025.
De acordo com a iniciativa, Duro-de-Matar morreu no final de janeiro deste ano na BR-163 após uma colisão veicular. O Incab recebeu um aviso sobre uma anta macho atropelada na rodovia. Inicialmente, a equipe não conseguiu confirmar a identidade do animal antes da concessionária responsável pela rodovia fazer a remoção. As fotos tiradas tinham baixa qualidade e também não foi possível a confirmação.
A equipe continuou as investigações e só foi possível determinar que era Duro-de-matar por meio do crânio e da arcada dentária, com análise na última quarta-feira (19). Infelizmente, houve a confirmação de que era o macho adulto monitorado.
Quem era duro-de-matar
“Duro-de-Matar era um símbolo para vários moradores de Campo Grande e agora representa o problema crônico das colisões veiculares com fauna no Mato Grosso do Sul. Anualmente, 100 antas são mortas nas rodovias do estado e tal número é uma ameaça para a biodiversidade, mas também para a segurança humana. Uma colisão com anta, um animal que pode chegar a 250 a 300 kg, é um acidente grave que pode gerar perdas humanas, materiais e financeiras”.
O animal ganhou esse nome após sobreviver a uma armadilha conhecida como “laço de caçador”, quando tinha sete anos, quase perdeu as patas dianteiras. Portanto, o andar mancando era marca registrada.
O macho recebeu tratamento no Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) e, quando se recuperou, fugiu das instalações para viver nas áreas verdes da cidade.
Em 2024, a iniciativa monitorava o Duro-de-matar e o macho sub-adulto nomeado de Morgado, antas conhecidas na Capital.
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