Incab inicia capturas para monitoramento de antas na área urbana de Campo Grande
Equipes vão capturar animais para a instalação de colares de GPS e coleta de amostras biológicas
Karina Campos –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Até o dia 15 de novembro, equipes da Incab (Iniciativa Nacional para Conservação da Anta Brasileira) vão percorrer Campo Grande para captura, instalação de colares de GPS e coleta de amostras biológicas, para assim entender o estado de saúde dos animais que circulam pela área urbana.
O projeto do projeto Ipê (Instituto de Pesquisas Ecológicas) dura 15 dias com o objetivo de monitorar a espécie diante do constante avistamento das antas “passeando” pela cidade.
A iniciativa possui duas armadilhas de caixa na região do Parque Estadual Matas do Segredo e já capturou dois indivíduos. “O projeto Antas Urbanas começou porque víamos frequentemente notícias na imprensa e recebíamos relatos sobre avistamento de antas em Campo Grande. Os locais em que estes avistamentos ocorriam, em alguns casos em regiões centrais da capital, foi o que mais nos chamou a atenção”, afirma a conservacionista e coordenadora da INCAB-IPÊ, Patrícia Medici.
Os moradores também podem colaborar com a pesquisa através dos relatos, ajudando no banco de dados ao avistar os animais circulando na área urbana.
Antas monitoradas
Das duas antas monitoradas, uma delas é carinhosamente chamada de “Duro de Matar”, um macho adulto de aproximadamente oito anos. Ele anda mancando e possui uma história de sobrevivência.
“Esta anta foi ferida em um cabo de aço de caçadores e, após ter sido encontrada e resgatada, foi tratada no CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres). Duro de Matar conseguiu se recuperar, mas as consequências desse grave ferimento que quase decepou sua perna ainda estão presentes e por isso ele manca. O macho foi monitorado pela equipe da INCAB-IPÊ por um ano.
A segunda anta capturada foi um macho sub-adulto nomeado de Morgado. Ambos os animais receberam exame físico geral, microchip de identificação, colar para monitoramento remoto e tiveram seus materiais biológicos coletados.
Ameaçada de extinção
Antas são ameaçadas de extinção e resistem em meio a arborização e natureza de Campo Grande. Contudo, estão sujeitas à contaminação por químicos, poluição e lixo; transmissão de doenças para antas expostas a seres humanos e animais domésticos; colisão veicular; caça; e, ataques de cachorros.
Em caso de avistamentos de antas, lembre-se que se trata de um animal silvestre que deve ser respeitado. Desfrute do privilégio do avistamento, mas tome os devidos cuidados, pois não se trata de um animal doméstico.
A anta é o maior mamífero terrestre da América do Sul e, quando se sente contida ou ameaçada, pode atacar, por isso não se aproxime. Não alimente o animal e impeça que outras pessoas façam isso.
Caso o animal esteja em um local que apresente riscos para si mesmo ou para a população, entre em contato com os órgãos responsáveis – Polícia Militar Ambiental, CRAS ou CETAS.
Além disso, você pode relatar seu avistamento para a INCAB-IPÊ. A informação será muito bem-vinda para as pesquisas em andamento. Entre em contato pelo WhatsApp (67-9-9189-7817) ou pelas redes sociais (@incab.brasil).
Notícias mais lidas agora
- Idoso morre após se engasgar com pedaço de carne no Centenário em Campo Grande
- Justiça concede liberdade a ‘Acumulador da Rua Planalto’ com uso de tornozeleira eletrônica
- Fotógrafo fez vítima olhar fotos com ‘reações’ a abuso sexual em estúdio de Campo Grande
- ‘Destruiu minha família’, diz filha de Belquis, morta há um ano em acidente no Centro de Campo Grande
Últimas Notícias
Botafogo desembarca no Catar para disputa do Intercontinental de Clubes
Glorioso enfrenta o Pachuca, do México, nesta quarta-feira
Motociclista bêbada é presa na MS-316 e diz que estava a caminho de entrevista de emprego
Mulher foi flagrada em alta velocidade na rodovia
Com liberdade concedida, ‘acumulador da Planalto’ vai voltar para casa limpa e arrumada
A mulher e as filhas do ‘acumulador’ seguem na casa, desde a prisão há 4 meses
Neurocientista esclarece o que há em Campo Grande para idosos estarem vivendo mais de 110 anos
Idosos com mais de 110 anos destacam Campo Grande como cidade longeva e neurocientista revela quais condições na Capital podem estar contribuindo para isso
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.