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Cotidiano

Diabética sofre fratura e fica sete dias à espera de vaga para cirurgia em MS

Filha precisou denunciar caso para que procedimento fosse liberado em MS
Vinicios Araujo -
Hospital Cristo Rei, em Deodápolis. Foto: Reprodução/Google

A dor de uma mãe virou desespero para a filha, que se viu obrigada a acionar o Ministério Público de para garantir o básico: atendimento médico adequado. 

A denúncia foi registrada no dia 8 de junho na ouvidoria do órgão após uma servidora da prefeitura de sofrer um acidente de trabalho resultando em fratura na perna. 

A mulher, de 48 anos, ficou dias internada no hospital local sem conseguir transferência para um hospital com ortopedista — mesmo sendo paciente diabética.

“Ela caiu na sexta-feira, 06/06, umas 16h45. Levaram ela pro hospital, mas o hospital daqui não tem ortopedista. Mesmo assim, não pediram vaga zero, só uma vaga normal. E ficou nisso, esperando, esperando… e a gente ligando pra todo mundo que podia, tentando de tudo”, conta a filha ao Midiamax.

De acordo com a denunciante, foram dias de telefonemas para autoridades. “Todo mundo só falava: ‘tô vendo, tô vendo’, mas não resolviam nada. E a gente ali, no desespero, vendo ela com muita dor, a perna super inchada, e sem conseguir fazer nada”, relembra.

A filha relata que foi por conta própria buscar uma solução.

“Eu não sabia nem como fazer, fui pesquisar na internet sobre denúncia no Ministério Público. Porque, pra nós, parecia que ninguém ia fazer nada. Eles tinham pedido uma vaga normal, mas não pediram a vaga zero, que é pra urgência. E foi isso que fez demorar tanto”, denuncia.

A situação só começou a se resolver após o registro formal da denúncia na Ouvidoria do Ministério Público. A vaga foi liberada na quinta-feira (12), quase uma semana depois do acidente. Mas o pesadelo estava longe de acabar.

Quando a paciente chegou a , não pôde operar de imediato. Em razão de curativos paliativos feitos, surgiram bolhas, obrigando-a a retornar à cidade para permanecer internada por mais alguns dias no hospital em Deodápolis. 

“Aí ela teve que voltar pro hospital daqui pra tratar essas feridas. Ela ficou mais uns dias aqui, esperando melhorar, pra depois conseguir fazer a cirurgia”, explica.

A cirurgia, segundo a filha, só aconteceu no sábado (14). Até lá, foram quase duas semanas de incerteza, angústia e sofrimento. “Foi uma luta muito difícil. Ver uma pessoa que você ama, com tanta dor, e você não conseguir fazer nada”, lamenta.

Após a denúncia, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul decidiu abrir investigação para apurar o caso. A promotoria deve apurar eventual omissão tanto por parte da Secretaria Municipal de Saúde quanto dos responsáveis pela regulação de vagas.

Outro lado

O Midiamax buscou o Jean da Saúde () para manifestação. Ele reconheceu o caso e afirmou não ter sido notificado ainda do procedimento no Ministério Público. Quanto à ausência de ortopedistas, o gestor não sinalizou até o fechamento da matéria se existe ainda alguma medida em andamento para resolução da carência de especialista no hospital local.

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