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Cotidiano

Enquanto motoristas reclamam de salário e carga horária, Consórcio Guaicurus quer contratar venezuelanos

Iniciativa visa contratação de refugiados em meio a reclamações de motoristas sobre descaso com salário e carga horária
Osvaldo Sato, Karina Campos -
consórcio
Ônibus em Campo Grande (Henrique Arakaki, Arquivo Midiamax)

O Consórcio Guaicurus, responsável pelo urbano de , confirmou em nota nesta sexta-feira (17) que deve contratar refugiados venezuelanos para integrarem o quadro de colaboradores. A medida, segundo o consórcio, faz parte de um “compromisso humanitário e responsabilidade social”.

Isso ocorre em meio a reclamações de ex-motoristas, que relatam baixa remuneração (salário base inicial de R$ 2.749) e carga desgastante de trabalho. Porém, o consórcio alega que a possível contratação é parte de um projeto, a Operação Acolhida.

Essa operação une esforços do , organizações internacionais como o Acnur (Agência da ONU para Refugiados) e a OIM (Organização Internacional para Migrações), além do Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados. A intenção é de promover a integração social e econômica de pessoas em situação de extrema vulnerabilidade.

Conforme o Consórcio Guaicurus, a contratação de refugiados segue todas as normas legais. Além disso, é realizada em parceria com organizações especializadas, que garantem suporte para a adaptação ao novo ambiente social e profissional.

“A inclusão no mercado de trabalho é um passo fundamental para a promoção da autonomia e da integração dessas pessoas, ao mesmo tempo, em que fortalece a economia local e promove a diversidade”, destacou o Consórcio em nota.

A contratação de refugiados venezuelanos ocorre em um momento de debate entre motoristas e o próprio consórcio, sobre as condições de trabalho e necessidade de valorização da mão de obra local. Contudo, o Consórcio reafirma que as condições oferecidas aos novos contratados estão conforme a legislação trabalhista vigente e que a iniciativa não prejudica os trabalhadores atuais.

Usuários questionam medida

A possível contratação de 150 motoristas venezuelanos pelo Consórcio Guaicurus para operar nas linhas de ônibus de Campo Grande tem gerado repercussão nas redes sociais, dividindo opiniões entre usuários e trabalhadores do setor. Enquanto alguns apontam para a precarização das condições de trabalho no transporte público da Capital, outros questionam os motivos por trás da decisão e pedem melhorias para os profissionais locais.

A evasão de motoristas nos últimos anos, atribuída à baixa remuneração (salário base inicial de R$ 2.749) e à carga desgastante de trabalho, parece ter levado o consórcio a buscar alternativas no exterior. Entretanto, motoristas e usuários têm se manifestado sobre o tema, especialmente em páginas como Ligados no Transporte e Segredos do Busão.

Na página Ligados no Transporte, os comentários refletem o descontentamento geral com a gestão do transporte público. Noemi Teixeira criticou as condições de trabalho e a falta de suporte para os motoristas. “Onde estão os benefícios da categoria, condições adequadas pra trabalhar? Carros velhos que se arrastam pelas ruas”, disse.

Já Josiane Silva lamentou a situação dos possíveis novos contratados, alertando para as dificuldades enfrentadas pelos motoristas. “Trabalhar pra todo mês ter que ficar fazendo pra receber. Coitados deles que tão vindo, não sabem a bucha que tão pegando”, lamentou.

Na página Segredos do Busão, os comentários reforçam o apelo por melhorias estruturais e salariais. Julio César Carvalho Guedes destacou a possibilidade de agravamento na situação salarial. “Se o salário é pouco, imagina agora. Vai piorar, anotem”, previu.

Roberto Vanderlei, por sua vez, criticou o descaso com os motoristas locais e a frota defasada. “Tem que melhorar os salários defasados dos motoristas e melhorar a frota. Nada contra o povo de fora, mas só vai ter eles dirigindo em CG”, contemporizou.

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