Pular para o conteúdo
Cotidiano

Consórcio Guaicurus briga na Justiça para não indenizar passageira que fraturou coluna em ônibus

Empresas de ônibus descumprem cláusula contratual que determina contratação de seguro de responsabilidade civil
Gabriel Maymone -
consórcio cpi
Ônibus do Consórcio Guaicurus (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Sem contratar seguro de responsabilidade, como prevê contrato de concessão de R$ 3,4 bilhões do de , o é alvo de dezenas de processos com pedido de de passageiros vítimas de acidentes envolvendo ônibus das empresas. A maioria causado por negligência ou condições precárias dos veículos.

Em um desses processos, passageira, que tinha 68 anos na época, alegou à Justiça que em agosto de 2022 sofreu fratura na coluna vertebral após o motorista não respeitar os limites de velocidade da via e ‘realizar manobras arriscadas’, passando em alta velocidade em um quebra-molas.

A mulher diz que foi arremessada do banco, causando fratura e lesões na coluna vertebral. Assim, a mulher precisou passar por tratamento, mas ficou com sequelas.

O Consórcio chegou a alegar que a passageira não comprovou que as lesões foram provocadas pelo acidente.

No entanto, o argumento foi rejeitado pelo juiz Ronaldo Gonçalves Onofri: “o transportador tem o dever de zelar pela integridade do passageiro, a fim de evitar que qualquer dano possa emergir durante a vigência do contrato, assumindo a obrigação de conduzir o passageiro incólume ao seu destino e a reparar o dano por ele sofrido”.

Assim, condenou o Consórcio Guaicurus ao pagamento de R$ 10 mil a título de indenização moral e ressarcimento de R$ 326,90 com despesas médicas que a passageira arcou.

As empresas de ônibus chegaram a apresentar um primeiro recurso que foi negado. Agora, voltaram a entrar com outro tipo de recurso tentando invalidar as provas apresentadas no processo e pedindo a ‘absolvição’ ou, pelo menos, a redução da indenização.

Clique aqui para seguir o Jornal Midiamax no Instagram

Consórcio Guaicurus ‘enrola’ para pagar multa de R$ 12 milhões por não ter seguro

Apesar de ter sido notificado pelo município e, depois, multado em R$ 12.238.353,86 por não cumprir cláusula contratual de contratação de seguro de responsabilidade cível, o Consórcio Guaicurus enrola há mais de três anos para não arcar com a sanção.

Conforme documentos anexados pela Agereg – agência municipal responsável por fiscalizar o contrato do Consórcio Guaicurus – no processo judicial sobre o reajuste da tarifa, a penalidade foi aplicada em julho de 2020.

À Justiça, a Agereg informou que a multa se deu por conta do descumprimento de cláusula contratual por parte do Consórcio Guaicurus. Assim, as empresas de ônibus de Campo Grande, que assinaram o contrato em 2012, não estavam cumprindo a cláusula décima oitava, que obriga a contratação de seguro de responsabilidade civil, geral e de veículos. “O Consórcio Guaicurus está inadimplente com o estipulado na Cláusula Décima Oitava, do Contrato n. 330/2012, haja vista que desde setembro de 2016 não realiza a contratação de seguro“, diz a Agereg.

Então, o valor da multa é determinado, conforme o contrato, a partir do cálculo de 5% sobre o valor da receita diária por dia de descumprimento. Logo, a Agereg calculou o montante.

No documento, anexado em março de 2024 nos autos, a Agereg afirma que até aquele momento – três anos e oito meses após a notificação – o Consórcio Guaicurus não havia feito a contratação do seguro.

A reportagem acionou o jurídico do Consórcio Guaicurus para se manifestar sobre o não pagamento da multa, mas não houve resposta até esta publicação. O espaço segue aberto para posicionamento.

A Agereg informou que o novo diretor-presidente da agência está avaliando junto com o corpo jurídico as medidas cabíveis contra o Consórcio.

Leia também – ‘Mau negócio’ que rende milhões

Sabe de algo que o público precisa saber? Fala pro Midiamax!

Se você está por dentro de alguma informação que acha importante o público saber, fale com jornalistas do Jornal Midiamax!

E você pode ficar tranquilo, porque nós garantimos total sigilo da fonte, conforme a Constituição Brasileira.

Fala Povo: O leitor pode falar direto no WhatsApp do Jornal Midiamax pelo número (67) 99207-4330. O canal de comunicação serve para os leitores falarem com os jornalistas. Se preferir, você também pode falar com o Jornal direto no Messenger do Facebook.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Anvisa determina recolhimento de medidor de glicose e interdição de tiras para teste

Mulher que postou vídeo de CEO no show do Coldplay se manifesta após polêmica

Oposição classifica de arbitrárias medidas cautelares contra Bolsonaro

Semu oferece cursos gratuitos de vendas e automaquiagem em dois bairros de Campo Grande

Notícias mais lidas agora

JBS poderá pagar multa sobre valor milionário se recusar conciliação com moradores

nelsinho governo lula

VÍDEO: ‘Lei de Reciprocidade só em último caso’, diz representante do Senado em negociação com Trump

bolsonaro

‘Não tenho menor dúvida que seja perseguição’: o que disse Bolsonaro após colocar tornozeleira

Incêndio atinge terreno no Jardim Presidente e fumaça é vista a quilômetros de distância 

Últimas Notícias

Mundo

Israel: sirenes são acionadas em várias regiões do país após míssil lançado do Iêmen

Nas redes sociais, autoridades alertam quem o sistema de defesa de Israel interceptou um míssil

Política

‘Tempos sombrios’: Coronel David critica operação da Polícia Federal contra Bolsonaro

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) precisará usar tornozeleira eletrônica e cumprir outras medidas cautelares, como toque de recolher

Emprego e Concurso

Usina de açúcar e álcool oferta vagas de emprego em Aparecida do Taboado

As oportunidades são para diferentes profissionais, em quatro setores da usina

Transparência

LISTA: Governo federal doa tratores para 12 cidades de Mato Grosso do Sul

Evento atende o Programa Nacional de Modernização e Apoio à Produção Agrícola