Diante do surto de gripe e superlotação de UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que serão abertos 20 leitos no Hospital do Câncer Alfredo Abrão, 12 leitos no Hospital São Julião e 30 leitos no Hospital Adventista do Pênfigo, sendo todos eles destinados a adultos. Para ativação destes leitos, o Município aguarda apenas resposta do Governo do Estado através de ofício. Há fila de espera para internação de 260 pacientes, entre adultos e crianças.
Nesta segunda-feira (5), a secretária de Saúde, Rosana Leite, informou que as UPAs Almeida e Coronel Antonino estão com atendimento pediátrico 24 horas para reforçar o pronto atendimento infantil. Contudo, para os pacientes adultos, a prefeitura negocia 30 leitos em unidades particulares.
“Nosso Pronto Atendimento Infantil virou um hospital, praticamente, para as crianças. Como nós estamos com déficit de leitos, o manejo clínico de lá, temos fisioterapia, isso tem melhorado. Para os adultos, vamos ampliar mais leitos, aproximadamente 30 leitos, no Hospital do Câncer e do Pênfigo. Nós ainda estamos em alerta, principalmente nas próximas cinco semanas. Por isso, antecipamos a liberação de toda a vacinação na tentativa de frear a contaminação para todo o público.”
Cerca de seis mil doses da vacina contra a gripe foram aplicadas durante o plantão de vacinação, que está aberto ao público em geral.
Falta de leitos
A crise na saúde de Campo Grande continua, com 100% dos leitos hospitalares ocupados e outras 260 pessoas, entre adultos e crianças, aguardando vaga. O cenário caótico é causado pelo aumento dos casos de doenças respiratórias e pelo problema crônico da falta de leitos.
Segundo a secretária Rosana Leite, atualmente 41 crianças estão em unidades básicas de saúde com indicação de internação hospitalar, sendo três delas vindas do interior. Além disso, 220 adultos também têm indicação de internação. Rosana afirma que, apesar da necessidade de leitos, todos os pacientes estão recebendo atendimento adequado nas UPAs de Campo Grande. A superlotação das unidades básicas também é outro agravante.
A pasta ainda relata que busca apoio do Governo do Estado e do Governo Federal para a ampliar a rede de leitos, especialmente para aliviar a demanda de Campo Grande e do interior que acaba sendo enviada para a Capital.
Vale lembrar que ainda em abril, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), que Campo Grande tem atualmente um déficit aproximado de 1 mil leitos hospitalares para atender a população, que ultrapassa 900 mil habitantes.
A cidade conta com uma média de 1,5 leitos públicos para cada mil habitantes, abaixo do recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), de 3 a 5 leitos a cada mil habitantes.
Decreto de emergência
A prefeita Adriane Lopes destaca que Campo Grande permanece em estado de emergência na saúde por 90 dias. Segundo ela, campanhas de prevenção estão sendo realizadas em escolas, no centro da cidade, em igrejas e no comércio.
“Onde houver público, a gente está pedindo para que as pessoas nos ajudem, para que a gente possa divulgar e também vacinar, trazendo uma proteção maior para a população. É um momento de emergência, não só em Campo Grande, mas no país. As doenças respiratórias circulam com mais frequência, só que este ano a agressividade está maior, trazendo mais danos à saúde das pessoas. Então, é esse cuidado que a gente tem cobrado.”
*Material atualizado para acréscimo de informação às 11h29, incluindo a ampliação de leitos no Hospital São Julião.
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