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Transparência

‘Farra do INSS’: suplente de vereador em Campo Grande comprou imóveis por R$ 600 mil

Candidata do MDB é investigada por se beneficiar de suposto esquema de descontos ilegais de aposentados e pensionistas
Gabriel Maymone -
(Agência Brasil / Reprodução DivulgaCand)

Investigação sobre a chamada ‘farra do INSS’ que identificou descontos indevidos de aposentados em todo o país que somam mais de R$ 6 bilhões identificou que suspeitos pelas fraudes movimentaram R$ 35 milhões na compra de imóveis.

Conforme publicado pelo Portal UOL, desse total, R$ 600 mil foram utilizados na aquisição de dois imóveis em . De acordo com a PF (Polícia Federal), a Secretária-geral da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura), Thaisa Daiane Silva de Lucena, comprou uma casa em e uma gleba – pedaço de terra ainda não loteado – em . As transações ocorreram entre 2022 e 2025.

Ela foi candidata a vereadora em Campo Grande nas últimas eleições pelo MDB e obteve 786 votos. Com isso, tornou-se suplente. Foi a primeira eleição de Thaisa, que afirmou exercer a profissão de agricultora e declarou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não possuir bens.

A PF apurou que a Contag arrecadou mais de R$ 2 bilhões durante a vigência do suposto esquema, em dinheiro proveniente de descontos ilegais nos vencimentos de cerca de 1,3 milhão de beneficiários do INSS.

Recentemente, o Governo Federal informou que estaria elaborando um plano para ressarcir as vítimas. Por enquanto, a Justiça ainda não autorizou sequestro de bens dos investigados, que poderia ser a garantia de ressarcimento.

O governo suspendeu todos os convênios com as entidades investigadas e informou que os valores retirados indevidamente serão restituídos aos aposentados.

O entendimento do juiz federal Frederico Viana foi de que não havia “indícios veementes” de que as compras foram realizadas com dinheiro de origem ilícita.

A reportagem do Jornal Midiamax tentou contato com Thaisa, mas sem sucesso. O espaço segue aberto para posicionamento e o texto será atualizado assim que houver manifestação.

Escândalo ‘derrubou’ ministro

Após a repercussão do escândalo, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu demissão do cargo. Em seu lugar, o Planalto anunciou ex-deputado federal Wolney Queiroz, atual secretário-executivo da pasta, indicado pelo PDT, que é presidido pelo próprio Lupi.

A troca no Ministério da Previdência é a 11ª mexida no primeiro escalão do atual mandato de Lula e a terceira motivada por envolvimento em algum escândalo. Sílvio Almeida, dos Direitos Humanos, foi desligado por investigação sobre assédio sexual e Juscelino Filho, das Comunicações, saiu após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção.

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Operação em MS

As investigações da Operação ‘Sem Desconto’ identificaram que 72% das entidades não possuíam estruturas operacionais para prestar os serviços que ofereciam aos beneficiários do INSS. Além de não entregarem as documentações necessárias.

A operação, deflagrada na manhã desta quarta-feira (23), visa combater um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS. Assim, nas investigações, iniciadas em 2023 pela CGU (Controladoria-Geral da União), 1.300 aposentados passaram por entrevista. Boa parte deles não sabia que havia descontos em suas folhas de pagamento.

“Mais de 90% deles não reconheciam ter autorizado esses descontos. Inclusive, alguns só ficaram sabendo que estavam sendo descontados durante a entrevista”, disse o ministro da CGU, Vinícius de Carvalho.

Por fim, foram 211 mandados de busca e apreensão, além de seis mandados de prisão temporária — sendo três cumpridos e três alvos foragidos — nos estados de Mato Grosso do Sul, Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do SulSão Paulo, Sergipe, além do Distrito Federal.

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