Com reaquecimento do turismo pós-pandemia, MS atraiu 250 mil viagens domésticas

O estado de Mato Grosso do Sul atraiu 250 mil viagens domésticas em 2023. Os dados são do módulo de Turismo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em parceria com o Ministério do Turismo. Com isso, o turismo foi responsável pela movimentação de cerca de R$ 361 milhões na economia estadual.

O número registrado é reflexo de uma consolidação do Estado como um dos destinos turísticos mais diversificados do Brasil. Com uma população de aproximadamente 2,3 milhões de habitantes, MS reúne belezas naturais, cultura rica e infraestrutura que favorecem o crescimento do setor turístico. Este segmento impacta diretamente a economia local, gerando arrecadação, empregos e fomentando a integração regional. 

Em números gerais, Mato Grosso do Sul atraiu 73.485 visitantes internacionais no ano de 2024, reafirmando crescimento em relação aos anos anteriores. Em 2023, a quantidade foi de 70.277. Já em 2022, foi de 53.344. Antes disso, devido aos impactos do Covid-19, MS teve apenas 15.923 visitantes internacionais em 2021 e 27.204 em 2020.

A arrecadação fiscal com o turismo foi vital para as economias dos municípios. No caso de Campo Grande, foi o município líder do ranking com R$ 42,3 milhões, seguido por Bonito (R$ 14,3 milhões) e Dourados (R$ 7,8 milhões). Além disso, o turismo gera 3.554 empregos diretos no setor de hospedagem, com destaque para Campo Grande (867), Bonito (663) e Dourados (301). 

A capital do Estado registrou 59.780 visitas nacionais e 35.350 internacionais em 2021, sendo o principal destino turístico de MS. A cidade é um polo logístico e econômico que combina infraestrutura moderna, eventos de negócios e uma extensa área verde.  

Conforme a Secretaria Municipal de Turismo, a capital está se transformando em um Destino Turístico Inteligente, com projetos que buscam melhorar a experiência do visitante e aumentar a competitividade do setor. “Campo Grande é o coração da Rota Bioceânica, o que atrairá ainda mais investimentos, eventos internacionais e fomentará o comércio local”, ressaltou a Semades.  

Estes números são alavancados por diversos atrativos, como sua vasta biodiversidade, a presença marcante do Pantanal, reconhecido como Reserva da Biosfera pela Unesco, e as deslumbrantes paisagens de Bonito e da Serra da Bodoquena. Além disso, cidades como Campo Grande, Dourados e Três Lagoas complementam o perfil turístico com foco em negócios, eventos e atividades culturais.  

Bonito: o ícone do ecoturismo brasileiro

Reconhecido como um dos melhores destinos de ecoturismo do mundo, Bonito registrou 28.173 visitas nacionais e 16.968 internacionais. O município investe em inovação, sustentabilidade e marketing digital para consolidar sua posição de destaque.  

“A nossa vocação é o ecoturismo, mas estamos diversificando com turismo de eventos, cultural e de base comunitária. Isso fortalece a economia local e aumenta a arrecadação, permitindo novos investimentos em infraestrutura”, explicou um representante da Secretaria de Turismo de Bonito.  

A cidade também se destaca pelos projetos de sustentabilidade, como o programa de carbono neutro, que reforça o compromisso de Bonito com práticas ambientais responsáveis.  

“O turismo não é apenas uma fonte de receita para o município, mas também um motor de desenvolvimento sustentável”, afirmou um representante da Secretaria de Turismo de Bonito.  

Corumbá: a porta do Pantanal  

Corumbá, conhecida como a “Capital do Pantanal”, combina história, cultura e natureza. Com 65% do bioma pantaneiro em seu território, a cidade atrai turistas interessados em ecoturismo, turismo de pesca e histórico-cultural. Em 2021, o município recebeu 11.596 visitantes internacionais, destacando-se como um dos principais destinos para estrangeiros no Estado.  

A Estrada Parque Pantanal, com sua beleza cênica e rica biodiversidade, é um dos atrativos mais procurados, sendo uma oportunidade única para a observação da fauna e flora locais.  

Dourados e Três Lagoas: diversificação econômica  

Dourados e Três Lagoas têm explorado suas vocações específicas para atrair turistas. Dourados, com uma forte presença comercial e educacional, investe no turismo de negócios e eventos, além de destacar sua rica diversidade cultural.  

Já Três Lagoas, conhecida como a “Cidade das Águas”, aposta no turismo náutico e na pesca esportiva, com uma das melhores redes hoteleiras do Estado. O município recebeu 11.529 visitantes nacionais e 2.087 internacionais em 2021.

Impacto econômico do turismo em MS

Além do impacto direto na economia, o turismo também dinamiza setores como transporte, comércio e serviços. “O fortalecimento do turismo é essencial para diversificar a economia e criar novas oportunidades para a população”, afirmou um representante da Secretaria de Turismo de Corumbá.  

Com uma vocação turística diversa, MS avança em projetos de infraestrutura, qualificação de profissionais e sustentabilidade. O governo estadual tem investido no Programa de Classificação Turística, incentivando o desenvolvimento integrado e atração de novos investimentos.  

O potencial turístico de Mato Grosso do Sul está alinhado à preservação de suas riquezas naturais e ao desenvolvimento socioeconômico, consolidando o estado como um destino completo para os mais variados perfis de visitantes.  

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