Pular para o conteúdo
Cotidiano

Com falta até de seringa, sindicato pede interdição de unidades de saúde de Campo Grande

Prefeitura alega que alguns insumos faltaram devido ao fim do ano e serão normalizados nesta semana
Priscilla Peres -
Improviso para descarte de materiais infectados (Foto: Divulgação/Sindicato)

‘A situação nunca esteve tão feia’. É assim que profissionais de enfermagem da prefeitura de relatam a falta de insumos nas unidades de saúde básicas e de emergência. Por lá, as denúncias são de que faltam desde seringas até local adequado para descarte de materiais contagiosos.

Mas as reclamações não são recentes, e muito menos isoladas. O Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Enfermagem de Campo Grande tem recebido denúncias do tipo desde meados de julho de 2024. Com o agravamento da situação, dia 7 de janeiro de 2025, protocolou ofício ao Conselho Regional de Enfermagem.

No documento, solicita que o órgão avalie pedido de interdição ética das unidades físicas de urgência e emergência da saúde pública de Campo Grande. O sindicato alega e insegurança técnica e o iminente risco à integridade física dos profissionais de enfermagem que atuam nas unidades.

O presidente Angelo Macedo afirma receber reclamações do assunto há meses, e que as repassa para o Conselho Municipal de Saúde. Segundo ele, em 2024, a Prefeitura realizou o de insumos conforme começava a faltar. Contudo, 2025 começou com a situação mais crítica.

“Agora faltam itens básicos para a atuação da equipe de enfermagem, como descartex, agulha, seringa, aboccate (hidratação venosa). Está quase impossível conseguir atender um paciente, pois falta tudo ou boa parte”, explica o presidente do sindicato.

(Foto: Reprodução)

Improvisos arriscados

Sem local adequado para descartar materiais perfurantes e cortantes, que geram risco de infecção, profissionais da enfermagem das unidades de saúde de Campo Grande começaram a improvisar. Desde o ano passado, embalagens reaproveitadas deram lugar às caixas coletoras.

Caixas de papelão, galões vazios de desinfectantes, amaciantes e outros produtos de limpeza, são as alternativas encontradas por profissionais para minimizar os riscos. Além de colocar a saúde de profissionais e pacientes em risco, o descarte irregular também pode contaminar o .

“Pedimos interdição ética de unidades de urgência devido à falta de condições do profissional de enfermagem para atuar numa situação dessa. Esperamos que alguma coisa seja feito para estabelecer a normalidade”, afirma o presidente do sindicato, Ângelo.

Por sua vez, o Conselho de Enfermagem afirma que realizou uma fiscalização em dezembro de 2024, mas o conteúdo é sigiloso. Em nota, explica que o relatório da fiscalização é encaminhado à direção da instituição para providências.

“Caso a instituição não faça as adequações, a presidência e a Procuradoria Geral do Conselho encaminham a denúncia às autoridades competentes a fim de mitigar os problemas encontrados na instituição”, explica sem detalhar sobre as condições da saúde pública de Campo Grande.

(Foto: Reprodução)

De insumos aos medicamentos

Enquanto a falta de insumos têm se agravado, outro problema se arrasta há dois anos nos corredores da saúde municipal. O baixo estoque e indisponibilidade de medicamentos levou o Conselho Municipal de saúde a solicitar auditoria da gestão dos recursos da assistência farmacêutica.

A decisão consta em relatório emitido pelo conselho sobre a situação dos estoques de medicamentos nas unidades de saúde. Relatório anual de gestão de 2023, mostra que de novembro de 22 a janeiro de 2024, Campo Grande não alcançou 100% do estoque completo de medicamentos.

Isso fez com que o relatório de gestão fosse aprovado com ressalvas. Segundo a presidente do conselho, Cleonice de Albres, o problema não terminou em 2024. Reportagens do Jornal Midiamax mostram o problema em meados do ano passado.

Situação será normalizada, diz Prefeitura

Questionada sobre a situação, a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, afirma que os materiais para descarte chegaram na sexta-feira (10) e serão encaminhados às unidades de saúde nessa semana.

“O final do ano é um período muito ruim devido às férias coletivas, entregadores demoram e alguns insumos faltaram. Então, um ou outro insumo tem uma determinada falta e a gente empresta, a gente entra em contato com os fornecedores. Nada impede o bom funcionamento das unidades, isso eu garanto”, afirma a secretária.

✅ Siga o @midiamax no Instagram

Fique por dentro de tudo que acontece em Mato Grosso do Sul, no Brasil e no mundo! No perfil do @midiamax você encontra notícias quentinhas, vídeos informativos, coberturas em tempo real e muito mais! 📰

🎁 E não para por aí! Temos sorteios, promoções e até bastidores exclusivos para você!

🔔 Clique aqui para seguir e não perder nada!

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Fazendeiro de Bonito deverá indenizar em até R$ 90 mil trabalhadores em situação análoga à escravidão

SES aprova resolução para agilizar retirada de medicamento contra febre maculosa

Governo adia para 2026 vigência de regra sobre trabalho do comércio em feriados

Jovem que arremessou cadeira contra idoso durante roubo é preso quase 2 meses após o crime

Notícias mais lidas agora

Delação ‘congelada’ amplia prazo para investigação sobre esquema de corrupção de Claudinho Serra

secretários israel

Na Jordânia, secretários de MS ainda estão em área de conflito: ‘Soou sirene agora a pouco’

TAJ Condomínio Resort chega a Campo Grande para redefinir o alto padrão

ex-coordenador apae

Após dois pedidos negados, acusado de desviar dinheiro da Apae entra com novo HC

Últimas Notícias

Cotidiano

Frio desacelera colheita em MS mas beneficia lavouras com controle de insetos

Agricultores sul-mato-grossenses colheram 2% da área plantada do milho segunda safra

Polícia

Ex-jogador de time da Série A é preso por tráfico de drogas em MS

Matheus Gonçalves, que jogou pelo Vitória, foi preso junto com outros dois homens com 187 kg de maconha

Cotidiano

Exército abre seleção com quatro vagas em Campo Grande com salários de até R$ 10,6 mil

Vagas disponibilizadas são para os cargos de engenheiro civil, arquiteto e técnico administrativo

Política

Na Jordânia, secretários de MS ainda estão em área de conflito: ‘Soou sirene agora a pouco’

Governo de Israel deve comprar passagens de retorno ao Brasil, diz secretário Ricardo Senna