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Cotidiano

Campo Grande fecha acordo para retomar plano de revitalização da Rotunda

Projeto foi contemplado para reformar espaço histórico do Complexo Ferroviário
Gabriel Maymone -
Prédio atual da Rotunda ao lado de imagem do projeto de como deve ficar (Reprodução)

Local histórico de , a Rotunda Ferroviária deve passar por revitalização nos próximos anos. O município de Campo Grande confirmou que firmou acordo com o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) para a continuidade de projeto para a área, que fica no cruzamento da Eça de Queiroz com a Rua 14 de Julho.

Conforme informado pela secretaria-executiva e Cultura, o município diz que “cumpriu, dentro do prazo, a etapa que lhe cabia no processo referente à Rotunda, manifestando formalmente o interesse do Município em firmar o Termo de Compromisso junto ao IPHAN”.

Isso porque, recentemente, a entidade notificou o município após constatar degradação dos imóveis na região da Rotunda e dos galpões.

Agora, o município diz que aguarda o Iphan elaborar o termo. “A manifestação garante a continuidade do processo e reforça o compromisso da Prefeitura com a preservação do patrimônio histórico”, diz a prefeitura.

A revitalização faz parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do . Porém, o projeto e licitações devem ser realizados pela prefeitura.

Neste termo de compromisso, os envolvidos irão pensar em ações emergenciais, ações a curto prazo, ações a médio e a longo prazo. O resultado deve culminar na devolução dos espaços para a população.

Inicialmente, deve ser realizada a elaboração de projetos que vão contemplar tanto a área da rotunda, a área desses galpões que desabaram e também a estação e o armazém cultural, ou seja, todo o complexo da Esplanada Ferroviária.

Patrimônio histórico

Construída em 1935 e desativada no final da década de 90, a Rotunda antes era destinada para a manutenção de locomotivas e vagões. Hoje, tornou-se abrigo para pessoas em situação de rua e usuários de drogas e retrato do abandono e descaso com o Patrimônio Histórico e Cultural da cidade que se desenvolveu pelos trilhos de trem.

Em pouco tempo, uma das regiões mais movimentadas da Capital viu-se envolta ao abandono. Comércios fecharam as portas, moradores venderam suas casas e o local que um dia foi ponto de chegada tornou-se a última parada para aqueles que perderam tudo.

Em 1914, surgiram os primeiros esboços do que viria a se tornar o complexo ferroviário de Campo Grande, época em que a cidade inaugurou a primeira estação de passageiros da NOB (Estrada de Ferro Noroeste do Brasil), construída em madeira.

A infraestrutura atual, em alvenaria, foi erguida na década de 1930 pelo engenheiro Aurélio Ibiapina, com intuito de acomodar o aumento do fluxo de passageiros. A construção da Estrada de Ferro, no então Estado de Mato Grosso, visava modernizar a comunicação e conectar a região Centro-Oeste ao restante do país.

Nas décadas seguintes, complexo ferroviário gradualmente toma forma, em especial entre os anos de 1930 e 1940. Assim, surgiram os armazéns de carga, a vila ferroviária, a Escola Álvaro Martins Neto (conhecida como Batatinha), os galpões e a Rotunda.

Conhecido como “abrigo de locomotivas”, o complexo tombado no nível municipal (1996), estadual (1997) e federal (2014), hoje abriga o Armazém Cultural, as casas que restaram na Vila dos Ferroviários, o IHGMS (Instituto Histórico e Geográfico de ), a Esplanada e o que restou da Rotunda.

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Importância histórica e cultural

Parte intrínseca da história de Campo Grande, o abandono da Rotunda reflete o descaso com os patrimônios históricos e culturais da cidade.

Superintendente do Iphan-MS, João Henrique dos Santos, destaca que a Rotunda é um marco cultural da cidade e por isso deve ser preservada. Ele explica que o local surgiu como um espaço destinado à manutenção de locomotivas e vagões, o que trouxe benefícios significativos ao transporte ferroviário na época.

“A Rotunda foi uma das primeiras estruturas a utilizar o concreto armado em Campo Grande, além disso, possui dimensões monumentais, o que a difere de outras edificações do conjunto ferroviário. Sua construção foi crucial para melhorar o transporte ferroviário na época.”

Em 2023, a Sectur apresentou ao PAC Seleções, programa do governo federal, a proposta de contratação de projetos de para o Complexo Ferroviário. No mês de março de 2024, o resultado do PAC Seleções contemplou a ação, com um recurso de 800 mil reais destinado a um projeto de revitalização da Rotunda ferroviária.

João Henrique explica que o Instituto trabalhou em conjunto com a Sectur para submeter o projeto de revitalização ao programa do Governo Federal PAC Seleções.

“Tivemos o projeto selecionado para receber um montante de R$ 800 mil em verbas federais, por isso, a concretização dessa ação é uma garantia de que, após esta etapa, será possível captar recursos para a execução das obras”, ressaltou.

Confira como deve ficar a Rotunda:

O projeto está dividido da seguinte maneira:

Rotunda – Edificação maior

  • Reserva Técnica – 38,64 m²
  • Espaço para exposições – 368,00 m²
  • Teatro com capacidade para 250 lugares
  • 03 salas multimídia
  • Complexo Administrativo
  • Café com cozinha industrial.
  • Cineclube
  • Banheiros
  • Espaço para eventos – 600,00 m²
  • Arquivo Histórico Municipal/Biblioteca – 500,00m²

Rotunda – Edificação Menor

  • Restaurante – 500,00 m²

Galpão – Sanitários

  • Sanitários e vestiários

Galpão das artes e pernoite

  • Ensaios teatrais – 111,00 m²
  • 02 Sala de música – 45,00 m²
  • Ensaios de dança – 115,00 m²
  • 03 salas de oficina de artes
  • 05 salas para aulas de instrumentos

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