A AGMP (Associação Peruana de Guias de Montanha) tenta, desde terça-feira (3), apoio de entidades públicas do Peru para intensificar as buscas por um montanhista que morou em Campo Grande e dois peruanos desaparecidos desde domingo (3). Segundo a entidade, as equipes precisam com urgência de um helicóptero para avançar nas operações em área de difícil acesso.
O grupo, formado por estudantes do Ceam (Centro de Estudos de Alta Montanha), partiu para realizar uma ascensão técnica na região montanhosa de Artesonraju, um pico de 6.025 metros na Cordilheira Blanca, dentro do Parque Nacional Huascarán, no Peru. A montanha é conhecida por sua semelhança com o símbolo da Paramount Pictures.
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Entre os desaparecidos também estão o fotógrafo e guia Edson Vandeira, conhecido por suas imagens publicadas na National Geographic e por sua vasta experiência em expedições na Antártica, Andes e Himalaia; o guia Efraín Pretel Álonzo, de Huari, e Jesús Huerta Picón, de Caraz.
Segundo o presidente da AGMP (Associação de Guias de Montanha do Peru) Beto Pinto, foi solicitado o apoio de diversas entidades públicas, incluindo o Governo Regional de Ancash, o Ministério do Interior e o Ministério da Educação, para auxiliarem nas buscas.
“Solicitamos a todas as autoridades competentes a priorizarem esta situação. As montanhas não podem esperar. As vidas de três jovens estão em jogo. Agradecemos o apoio do deputado Elías Varas e do vice-presidente do Ministério da Educação, Miguel Vallejos, que se uniram a este esforço de solidariedade. Cada hora que passa é crucial para preservar as vidas de nossos colegas desaparecidos”, enfatiza o presidente da associação.
Grupo pode ter sofrido acidente grave ao descer a montanha
De acordo com informações divulgadas pela família, a barraca do grupo foi encontrada vazia na madrugada do resgate. Além disso, há indícios de que eles tenham alcançado o cume e, possivelmente, algo grave ocorreu durante a descida.
Conforme a família, as buscas na montanha estão a todo vapor e equipes de resgate envolvendo montanhistas locais, guias, policiais, amigos e familiares foram mobilizadas com urgência.
“Porém, o resgate em alta montanha é extremamente complexo, demanda logística intensa, equipamentos específicos, alimentação, deslocamentos em altitude e muito comprometimento humano e técnico”, ressalta comunicado da família do campo-grandense.
Família cria vaquinha para custear buscas
A família do fotógrafo Edson Vandeira abriu uma vaquinha on-line pedindo doações para conseguir custear os trabalhos de busca. O espaço para arrecadação de dinheiro foi aberto nesta terça-feira (3) e, em menos de 24 horas, já conta com quase 300 apoiadores.
Juntos, os responsáveis pelas doações ultrapassaram 50% do valor pedido, com R$ 27,8 mil arrecadados até o momento da publicação desta reportagem. A meta estipulada pela família é de R$ 50 mil.
Caso queira deixar sua contribuição, clique aqui para ser direcionado à vaquinha.
Quem é o montanhista brasileiro que desapareceu no Peru
Inicialmente, jornais de todo o Brasil informaram que, segundo amigos, o fotógrafo Edson Vandeira é natural de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. No entanto, a família informa que o montanhista, na realidade, nasceu na cidade Suzano, em São Paulo, e viveu apenas três anos na Capital de MS, entre 2016 e 2019, o que causou a confusão, já que muitos o conhecem como sendo um cara daqui.
Ele começou a praticar montanhismo ainda jovem, aos 19 anos de idade. Com o tempo, adquiriu experiência e chegou a participar de expedições na Antártida, onde atuou na segurança e logística de cientistas.
Hoje, Edson vive no Peru, onde se dedica à formação como guia e à fotografia, contribuindo com trabalhos para canais como NatGeo e History.
*Matéria editada 05/06/2025 para correção de informação
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