Mato Grosso do Sul manteve o resultados positivos no volume de vendas e encerrou o mês de fevereiro com um crescimento de 0,6%. O resultado coloca o Estado acima da média nacional que ficou em 0,5% no mesmo período.
Na passagem de janeiro para fevereiro, o setor apresentou alta de 0,6%, mas obteve queda de -2,2 pontos percentuais se comparado ao mesmo período de 2024. Conforme a PMC (Pesquisa Mensal de Comércio) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a variação acumulada em 12 meses no Estado ficou em 3,0, igualando-se ao índice nacional. Já a variação acumulada no ano encerrou o mês no negativo, com -0,8 pp. pontos percentuais.
A pesquisa, divulgada nesta quarta-feira (9), monitora o desempenho do comércio varejista no país, analisando a receita bruta de revenda de empresas.
No panorama nacional, as vendas no comércio varejista no país aumentaram 0,5% e atingiram o maior patamar da série histórica iniciada em janeiro de 2000, superando em 0,3% o nível recorde anterior (outubro de 2024). O índice volta a crescer após uma série de quatro meses de variações muito próximas de zero, consideradas como estabilidade.
Comércio varejista ampliado
No comércio varejista ampliado — que inclui veículos, motos, peças e materiais de construção — Mato Grosso do Sul registrou alta de 1% em fevereiro. Os dados mostram que, na comparação com o mesmo mês de 2024, o Estado apresentou alta de 1,3 p.p. No acumulado anual a variação ficou em 0,8. No entanto, nos últimos 12 meses, o Estado registrou uma variação negativa de -1,6%.
Apesar da alta no mês, Mato Grosso do Sul contrapõe a média nacional que teve queda de -0,4% no comércio varejista ampliado. No acumulado anual, o Estado ficou abaixo da média nacional, que atingiu 2,3%.
Gerente da Pesquisa Mensal de Comércio, Cristiano Santos, destaca que quatro das oito atividades investigadas na pesquisa avançaram em fevereiro deste ano. Dentre elas, os destaques foram os setores de Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,1%) e de Móveis e eletrodomésticos (0,9%).
“Em outubro do ano passado, móveis e eletrodomésticos, equipamentos e material para escritório, informática e comunicação e tecidos, vestuário e calçados eram os setores que estavam puxando o resultado, dado também um certo freio que hiper e supermercados teve ao longo de 2024”, explica.
Alta no setor de hiper e supermercados
Conforme a pesquisa, em fevereiro o setor de hiper e supermercados voltou ao protagonismo, após um período de seis meses, desde agosto, com variações próximas de zero, com estabilidade. Condições macroeconômicas mais complexas nos últimos meses, como a queda do número de pessoas ocupadas, a estabilidade da massa de rendimento real e a inflação da alimentação em domicílio, não incentivam o consumo de bens que não sejam de primeira necessidade.
“As pessoas tendem a optar por produtos mais básicos, o que explica o crescimento maior do setor em relação aos outros”, contextualiza o pesquisador do IBGE.
Já sobre o outro destaque positivo no mês, o gerente da PMC explica os movimentos realizados pelo setor de móveis e eletrodomésticos nos últimos meses.
“O setor tem experienciado uma volatilidade grande nos resultados dos últimos meses. Observamos momentos em que esse mercado se desenvolve menos, o que abre uma possibilidade estratégica das grandes marcas de fazerem grandes promoções. Por exemplo, a Black Friday foi ruim para eletrodomésticos, o que acarretou maiores promoções no Natal e melhorou o desempenho da categoria”, destaca o gerente da PMC.
Os outros resultados positivos em fevereiro vieram de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,3%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,1%).
Vendas do varejo avançam em 21 estados do país
No Brasil, entre janeiro e fevereiro de 2025, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista registrou crescimento de 0,5% na série com ajuste sazonal. O avanço foi puxado por resultados positivos em 21 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Rondônia (5,2%), Sergipe (3,7%) e Amazonas (3,4%).
Por outro lado, seis estados apresentaram retração no período, com destaque para Tocantins (-3,7%), Paraíba (-1,5%) e Rio Grande do Norte (-1,5%).
No comércio varejista ampliado — que inclui veículos, autopeças e materiais de construção — também predominou o crescimento, com alta em 15 das 27 Unidades da Federação. Os melhores desempenhos vieram de Rondônia (4,5%), Amazonas (2,5%) e Ceará (1,8%). Já entre os que pressionaram negativamente, destaca-se Amapá (-3,0%), Rio Grande do Norte (-2,4%) e, por fim, o Rio de Janeiro (-2,1%).
Na comparação com fevereiro de 2024, o comércio varejista registrou crescimento de 1,5% em fevereiro de 2025, com avanço em 20 estados. Os destaques positivos foram Amapá (9,7%), Amazonas (7,4%) e Rio Grande do Sul (6,9%). Já as maiores quedas ocorreram em Mato Grosso (-5,4%), Roraima (-4,5%) e Pará (-3,6%).
Já no varejo ampliado, a variação foi de 2,4% em fevereiro de 2025 frente ao mesmo mês do ano anterior, com resultados positivos em 23 das 27 unidades da federação. Os destaques de alta foram Rio Grande do Sul (9,5%), Amapá (9,2%) e Ceará (8,9%). Em contrapartida, registraram queda Roraima (-7,3%), Goiás (-1,2%) e São Paulo (-0,4%).
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