Cinco anos após o início do planejamento do método Wolbachia em Campo Grande – que promete reduzir a população de mosquitos capazes de transmitir os vírus da dengue, Zika, chikungunya e febre amarela – a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) concluiu o projeto que foi dividido em seis fases para atingir 74 bairros nas sete regiões da cidade, que é a primeira do centro-oeste a ter o território total alcançado.

Desde o início do planejamento em 2019 e o começo das operações em 2020, o projeto tem alcançado resultados positivos. Dados divulgados pela Prefeitura de Campo Grande revelam que  900 mil pessoas foram beneficiadas, com a produção de aproximadamente 2,7 kg de ovos, 870 mil tubos e a liberação de 102 milhões de wolbitos.

A cerimônia de finalização do projeto será realizada nesta quarta-feira (3), às 9 horas, no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camilo, em Campo Grande. O evento contará com a presença de representantes do Método Wolbachia, município, estado, Fiocruz e Ministério da Saúde.

Projeto Wolbachia

O Método Wolbachia consiste na liberação de Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, que impede que os vírus da dengue, Zika, chikungunya e febre amarela se desenvolvam dentro do mosquito. Os wolbitos se reproduzem com os mosquitos locais e geram uma nova população com Wolbachia e assim, com o tempo, a porcentagem de mosquitos infectados com a bactéria aumenta, eliminando a necessidade de novas liberações.