O atropelamento de uma idosa em frente à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Dr. Judson Tadeu Ribas, no Moreninhas III, em Campo Grande, causou a revolta de moradores diante da recusa de servidores públicos da saúde em atender a vítima fora do posto. Isso porque os profissionais são proibidos de se ausentar do local de trabalho para o atendimento externo.
De acordo com uma testemunha, a idosa permaneceu no chão após ser atropelada por uma moto. Contudo, pedestres agilizaram o amparo. Por conta própria, eles foram ao posto pedir o atendimento, recebendo uma cadeira de rodas para o socorro.
“O motoqueiro pegou a cadeira de roda e foi levar ela na cadeira de roda. Uma enfermeira e gerente do posto de saúde nem foram lá. A moça, motociclista, que ajudou a idosa é técnica de enfermagem, estava passando na rua e, como ninguém do posto de saúde foi, ela viu e resolveu ir socorrer”, descreve.
A colisão aconteceu no meio da rua, com veículos desviando da vítima, enquanto há uma quantidade de populares que se comovem com a situação e tentam ajudar.
O que diz a Sesau
Em nota, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde)informou que, conforme protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde, a equipe da unidade, seja ela de urgência ou básica — como é o caso da unidade em questão — não pode se retirar do local para prestar atendimento na rua, ou seja, por mais que o acidente tenha ocorrido em frente à unidade, este protocolo proíbe que qualquer servidor se ausente de seu local de trabalho para atendimento externo.
“Ainda assim, é possível perceber pelas imagens repassadas que o suporte possível para que a paciente fosse recolhida até a unidade foi prestado, com a disponibilização da cadeira de rodas a ela, que estava sentada no asfalto em frente à unidade, não aparentando apresentar nenhum ferimento grave. Cabe ressaltar ainda que, em caso de maior gravidade, o protocolo adequado é acionar o serviço de resgate, seja ele o Corpo de Bombeiros ou SAMU, para que seja feito o deslocamento adequado do paciente”.
