Em questão de segundos, uma tragédia maior poderia ter acontecido. Era dia 9 de março de 2024, por volta das 8 da manhã, quando o jovem João Gabriel Ciríaco, de 19 anos, não pensou duas vezes e freou sua moto com toda força para impedir o atropelamento de uma criança que saiu correndo e entrou em sua frente.

Ao salvar o menino, Gabriel acabou capotando com a motocicleta e se quebrou inteiro, a ponto de ficar impedido de fazer movimentos e, por consequência, impossibilitado de trabalhar.

Naquela data, ele estava indo trocar de moto para começar a fazer entregas para uma revendedora de gás que o próprio abriu recentemente, no bairro Aero Rancho. Quando passava pela rua Jornalista Valdir Lago, trajeto rotineiro, o rapaz foi surpreendido com a entrada relâmpago do garoto no meio da rua.

“Estou acostumado a fazer aquele caminho e eu não estava correndo. Na hora que vi, o menino já estava em cima, porque passou um carro e tapou minha visão. Quando eu vi o gurizinho, tentei pisar no freio traseiro, só que não segurou a moto. Tive que apertar no dianteiro o mais forte possível e acabei capotando. Mas graças a Deus não aconteceu nada com o garotinho”, diz o entregador ao Jornal Midiamax.

Veja o acidente:

Página Passeando em Campo Grande divulgou as imagens

Tempo indeterminado para recuperação

Na hora, o pai da criança chamou uma ambulância para o motociclista ferido, que logo foi socorrido. Aliviado por ter poupado o garoto do pior, Gabriel trincou o cotovelo direito e o pulso esquerdo com o capotamento.

Por conta disso, está com os dois braços enfaixados e imobilizados. Para ele, que ganha o pão de cada dia pilotando uma moto e carregando botijões, trabalhar ficou impossível. E a recuperação será longa.

“O médico deu atestado por tempo indeterminado porque foi bem na bolinha do cotovelo, então compromete o movimento do braço, isso que é complicado”, explica.

Morador do bairro Aero Rancho, ele vive com a mãe e os irmãos, que estão ajudando na rotina. Sem conseguir tomar banho sozinho, o jovem também recebe ajuda da namorada para se higienizar e fazer as necessidades mais básicas.

“Vou ficar parado por mais de dois meses e vou precisar fazer uma fisioterapia depois para voltar ao normal, porque eu trabalho carregando peso, botijão de gás”, lamenta.

Doações

Sensibilizados com a situação do entregador, campo-grandenses levantaram uma corrente do bem para arrecadar fundos para que Gabriel consiga se manter durante o período em que ficará impedido de trabalhar.

Encabeçada pela página Passeando em Campo Grande, responsável por divulgar o vídeo do acidente, a ação de doações tem dado alento à família que se encontra desamparada. No entanto, apesar do jovem acreditar estar bem daqui a dois meses, a recuperação pode levar mais tempo.

É por isso que ele pede ajuda para aqueles que tiverem interesse em contribuir de alguma maneira. O telefone, caso alguém se sensibilize, é o 67 98221-3882.

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