VÍDEO: Crianças vão parar na delegacia após prefeito de MS flagrar jogo em quadra fechada

Foi preciso usar um ônibus para levar menores de idade à delegacia

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Momento em que a PM chega ao local. (Foto: Reprodução)

Em plenas férias escolares, grupo de pelo menos 12 crianças e adolescentes foi parar na delegacia por usar uma quadra de esportes pública ainda não inaugurada em Coxim, cidade a 255 quilômetros de Campo Grande. O enquadro aconteceu depois de o prefeito da cidade, Edilson Magro (DEM), flagrar os menores de idade utilizando o espaço na noite de ontem (15).

Na cidade com pouco mais de 32 mil habitantes, vídeos da situação se espalharam e provocaram revolta entre moradores. Segundo o próprio prefeito, gerente municipal de esportes foi acionada após as crianças serem vistas na quadra. Essa, por sua vez, retornou ao local com equipes do Conselho Tutelar e Polícia Militar. O desfecho foi mandar todo mundo para a delegacia. 

Nos vídeos, é possível ver fila de crianças aguardando para serem levadas à delegacia da cidade. Para o transporte, foi preciso utilizar um ônibus. “Esporte é crime em Coxim, senhor prefeito?”, questiona um morador que presenciou a apreensão e filmou a movimentação dos agentes.

Na sequência das imagens, o grupo de crianças aparece ao lado dos pais enquanto aguarda registro da ocorrência. “Crianças na porta da delegacia às 21h simplesmente por querer jogar futebol e praticar esporte. É melhor jogar futebol que ficar na rua, futebol não é crime”, comenta um pai revoltado. 

Ao Jornal Midiamax o prefeito Edilson Magro disse ter se deparado com as crianças “pulando a arena e entrando por baixo da tela, que foi danificada”. “Acionei a gerente de esportes em razão da depredação que estava acontecendo”, comentou. 

O prefeito ainda afirmou não ter envolvimento com a decisão de acionar a PM da cidade. “Não pedi para ligar para a polícia e sobre levar para a delegacia foi uma decisão tomada pelo Conselho Tutelar e pela polícia”, finalizou.

No site da Prefeitura, assessoria divulgou imagem do que seria a depredação que provocou a ida das crianças para unidade policial. Confira:

Texto: Clayton Neves e Renata Portela

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