Atuante na conservação do bioma pantaneiro, o Instituto SOS Pantanal renunciou à vaga no Conselho Consultivo da Área de Proteção Ambiental Estrada-Parque Piraputanga. Na carta de renúncia, o instituto diz que o motivo da saída se deve ao uso da MS-450 para o transporte de eucalipto por parte da empresa Suzano e a consequente limitação do papel do Conselho Consultivo.

Ainda segundo o instituto, o conselho foi consultado, expôs sua posição, porém, não surtiu efeito e a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul) autorizou o uso da Unidade de Conservação para o trânsito dos caminhões carregados.

O SOS Pantanal também argumenta dizendo que a Agesul descumpriu condicionantes da Licença de Instalação e Operação do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), apresentadas à época da pavimentação, em 2017.

Ainda segundo o instituto, o intensivo tráfego de caminhões, mais de 20 caminhões por dia, com carga total de até 74 toneladas, aumenta os riscos às infraestruturas, às vidas humanas e animais.

O instituto, que não possui fins lucrativos, informa que se mantém à disposição para esclarecimentos sobre seu posicionamento quanto à utilização da APA Estrada-Parque. O trânsito de caminhões se deve ao contrato da empresa Suzano para a exploração de eucaliptos em uma fazenda da região. A estrada passa por Dois Irmãos do Buriti, e distrito de Palmeiras