Temporal levou embora ‘amiga’ que cedia sombra para Ester vender água fresca na Praça Ary Coelho
Há 9 anos, vendedora ambulante se posicionava embaixo de árvore que caiu
Clayton Neves –
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Era mais que uma árvore, era uma amiga!
Para a vendedora ambulante Ester da Silva, o temporal que atingiu Campo Grande na tarde de ontem (27) derrubou muito mais que a velha árvore na calçada da Praça Ary Coelho. Levou também parte da história de quase uma década de amizade.
Era na sombra que se projetava na Rua13 de Maio que a vendedora de água e refrigerantes posicionava o carrinho amarelo-ovo que de longe se consegue ver no Centro. Do local estratégico, saiu o dinheiro extra que ajudou o sonho da família a tomar forma. Mesmo aos 71 anos, o batente começava cedo e se estendia por todo o dia.
“Foi dali que eu tirava meu dinheirinho para ajudar meu filho a pagar a faculdade dele. Hoje ele é bacharel de direito e está estudando para tirar a carteira da OAB. Quando ele estudava eu chegava aqui às 7h e só ia embora às 18, tudo para juntar mais dinheiro”, lembra.
Dos 15 anos de trabalho na Praça, nove foram embaixo da árvore que se foi no vendaval. No entanto, segundo Ester, a tragédia de ontem já era algo esperado.
“Tem uns quatro meses que um engenheiro veio, olhou e disse que não era mais para eu ficar lá porque estava condenada. Desde então, eu ficava na parte de dentro da praça”, detalha.
Após quase uma década de parceria, Ester teve pela manhã a notícia que não queria receber.
“Depois de 9 anos com a sombra que me cobria, cheguei para trabalhar e não achei mais minha casa. Fiquei com dó e muito triste porque aquela árvore já me ajudou muito e muitas outras pessoas que passaram por aqui. Quando eu morrer, quero que meus netos e bisnetos saibam o lugar onde eu trabalhei para ajudar meu filho a ser o advogado que é”, finaliza.
Confira o vídeo com a entrevista da vendedora Ester da Silva:
A queda
Após a tempestade que atingiu o Centro de Campo Grande, nesta terça-feira (27), a árvore de porte grande caiu na Rua Treze de Maio, entre a Afonso Pena e Rua 15 de Novembro. O trânsito ficou interditado na região.
A árvore chegou a ocupar toda a Rua 13 de Maio, em frente ao terminal de ônibus, deixando o tráfego impedido pelo local.
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