Salas lotadas, falta de materiais básicos e número de profissionais insuficientes. Esse é o drama de pacientes renais que fazem tratamento na Clínica Davita, em Campo Grande. Indignada, uma cuidadora de crianças de 35 anos que procurou a reportagem conta que, além de lidar com o problema de saúde, tem enfrentado grandes dificuldades em prosseguir com o tratamento no local.

A mulher relata que vai ao local três vezes por semana, e os episódios são recorrentes. Segundo ela, a unidade não possui nem mesmo álcool para procedimentos básicos. Em imagens encaminhadas ao Midiamax, é possível ver bandejas com equipamentos descartáveis à mostra e sangue pelo chão em meio aos pacientes.

“Já estamos há dois meses sem ar-condicionado no piso superior da clínica, contando apenas com ventilador. Somos obrigados a ficar 4 horas sentados sem nos mexer, passando mal por conta do calor excessivo.”, diz ao mostrar a sala de atendimento lotada.

“Hoje na clínica são aproximadamente 32 pacientes e no momento são 6 por técnico de enfermagem. O certo são 4 pacientes por TEC. Estamos sem saber a quem recorrer porque já foi feita uma denúncia no Coren e até o momento nada foi feito”, lamenta.

Após a publicação da reportagem, a assessoria de imprensa da clínica informou que:

A DaVita Tratamento Renal informa que sua unidade Pantanal, em Campo Grande (MS), vem funcionando com número de pacientes adequado à estrutura de equipamentos e com todos os insumos necessários. A equipe de enfermagem está trabalhando da melhor forma possível, enquanto está aberto o processo de contratação de enfermeiros e técnicos de enfermagem para a unidade, incluindo buscas em municípios vizinhos.

Depois de constatados problemas no sistema de ar-condicionado, foi realizada a instalação de dois equipamentos na madrugada desta terça-feira (30) e outros quatro serão montados no decorrer da semana. Os equipamentos foram adquiridos em caráter emergencial, após tentativas de reparo do sistema interno de ar-condicionado, frustradas pela falta de assistência qualificada na região. A agilidade no processo é impactada pela manutenção da clínica em funcionamento para não interromper o atendimento para nossos pacientes.

A reportagem entrou em contatou o Coren (Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul) para saber se o órgão tem conhecimento do ocorrido, mas não houve resposta. *(Matéria atualizada às 12h30 para acréscimo de posicionamento)