A friaca dos últimos dias perdeu força e o solzinho desta quinta-feira (30), feriado de Corpus Christi, animou os fiéis em Campo Grande, que confeccionam o tradicional tapete, desde às 6h. Cada igreja levou cerca de 50 a 60 pessoas, as quais encerram o dia com uma missa e procissão na região central da cidade.

A revisora Glaciele Ferreira, de 30 anos, que é da Paróquia Maria Medianeira das Graças, diz que participa do Corpus Christi desde a adolescência, quando fez a Crisma. “Acho que faço isso desde 2010, existe toda a importância da data e também de repassarmos isso aos nossos jovens, porque Corpus Christi não é apenas um feriado. É o corpo e o sangue de Cristo”, afirmou.

Segundo Ferreira, a data possui todo um significado e é uma forma de evangelizar as pessoas. “Aqui um está ajudando o outro e tentando fazer o melhor pra Deus. Somos em torno de 50 a pessoas e trouxemos o TNT para fazer o fundo do desenho e pó de serra e areia para os detalhes. A preparação acontece desde o último fim de semana, que é quando pintamos o pó”, explicou.

A professora Rosangela Martins, de 43 anos, ressaltou que participa todo ano também, sempre acompanhada do marido, filha e toda a comidade da Paróquia São João Batista. “Esse tapete que fazemos aqui é a festa de Corpus Christi. Quando o bispo passa, passa por cima deste tapete, então, nós entedemos que é o tapetwe para jessus pasar. HJesus é o rei então nós fazemos para ele passar”, disse.

(Nathalia Alcântara/Jornal Midiamax)

Martins explica que o trabalho mostra que a igreja continua viva, “desde que Jesus se entregou na cruz”. “A mesma fé, a mesma força que tinha lá atrás é o que tem hoje”, opinou.

‘É uma solenidade muito importante’, diz padre

(Nathalia Alcântara/Jornal Midiamax)

O missionário redentorista, reitor do santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, padre Reginaldo Padilha, diz que a solenidade é muito importante.

“Aqui em Campo Grande nós temos a oportunidade de celebrar isso, de forma comunitária, então, a nossa arquidiocese reúne todas as paroquias e nós celebramos a eucaristia, sempre às 15 horas, depois tem a procissão”, explicou.

Antes, o padre comenta sobre a confecção dos tapetes.

“A partir das 5 horas da manhã já começa essa movimentação tão bonita de pessoas, que passam os últimos meses organizando, preparando”, comentou.

A previsão da confecção do Corpus Christi é até as 10h. Cada tapete possui 26 metros e a confecção é feita desde o cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Pedro Celestino até a Avenida Afonso Pena com a Rua 13 de Maio. Em seguida, vira à esquerda e vai até a Avenida Fernando Côrrea da Costa. Às 15h está prevista missa e procissão, na Praça do Rádio Clube.