Corumbá encerrou o mês de julho com 70% de ocupação nos hotéis e pousadas, apesar da incidência de queimadas e o céu da região encoberto por fumaça há meses. De acordo com representante do setor, a estratégia foi ‘fugir’ dos focos de incêndio, buscando áreas menos afetadas pelas chamas.

“Mesmo a cidade de Corumbá tendo a maior quantidade de focos do Estado, o Pantanal (de Mato Grosso do Sul) possui mais de 300km de extensão de rio”, explica Eduardo Carvalho, presidente da Fundação de Turismo do Pantanal, que representa a trade da região.

“Assim sendo, os empresários da pesca esportiva estão buscando levar os pescadores nos pontos não afetados. O turismo de contemplação e aventura seguem a mesma estratégia”, completa Eduardo.

Segundo ele, a estratégia permitiu que a demanda não caísse, fazendo com que o mês de julho fechasse com 70% de ocupação nos hotéis e pousadas.

Turismo em Mato Grosso do Sul

De acordo com o diretor-presidente da Fundtur (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul), Bruno Wendling, a busca por regiões menos impactadas pela fumaça se tornou uma medida adotada por empresas do turismo não só de Corumbá, mas também em Miranda e Aquidauana.

“A operação do turismo segue normal. Tanto em Corumbá, na Estrada Parque, em Miranda, as operações estão normais. A pesca esportiva também segue normal, apenas algumas áreas relatam fumaça, mas como já disse em momentos anteriores, eles vão navegando aonde não há fumaça, eles têm essa liberdade por serem os barcos-hotéis”, pontua Wendling.

Com isso, e sem relatos de incêndio próximo a hospedagens na região pantaneira do Estado, o diretor-presidente reforça que não foram contabilizados prejuízos para atividade turística.

Incêndios no Pantanal

Julho fechou com 1.218 focos ativos de incêndios florestais no Pantanal, conforme dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Isso significa que há dois meses o bioma vem batendo recordes alarmantes de queimadas, agravados pelas condições climáticas desfavoráveis.

Segundo a tenente-coronel e diretora de proteção ambiental do Corpo de Bombeiros, Tatiane Inoue, as queimadas registradas em 2024 no bioma representam um aumento de 26,2% em comparação a 2020 e 1.544,8% em comparação a 2023.

A preocupação se mantém com a chegada de agosto, mês conhecido pela ocorrência de ventos fortes e falta de chuvas.

💬 Receba notícias antes de todo mundo

Seja o primeiro a saber de tudo o que acontece nas cidades de Mato Grosso do Sul. São notícias em tempo real com informações detalhadas dos casos policiais, tempo em MS, trânsito, vagas de emprego e concursos, direitos do consumidor. Além disso, você fica por dentro das últimas novidades sobre política, transparência e escândalos.
📢 Participe da nossa comunidade no WhatsApp e acompanhe a cobertura jornalística mais completa e mais rápida de Mato Grosso do Sul.