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Cotidiano

Representantes reivindicam apoio a comunidades ribeirinha e indígena durante visita de ministros em Corumbá

Comunidade ribeirinha sobrevive da pesca e do turismo, que foram diretamente afetados com as queimadas na região
Osvaldo Sato, Clayton Neves -
Representantes contam que há centenas de famílias passando necessidades ao longo do Rio Paraguai (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Durante cerimônia de recepção aos três Ministros de Estado, que nesta sexta-feira (28) visitam a região do Pantanal sul-mato-grossense, as comunidades ribeirinha e indígena expuseram a realidade enfrentada por aqueles que mais dependem do bioma para sua sobrevivência.

O motivo da visita das titulares do Meio Ambiente, Marina Silva, do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e do secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Regional, Valder Ribeiro de Moura, foi o acompanhamento da situação dos incêndios florestais que têm castigado a região.

Em , comitiva que contou ainda com o governador Eduardo Riedel, sobrevoou a região e, depois, visitou as instalações do PrevFogo (Ibama) e o Quartel do CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul). No local, foi montada uma sala de situação para monitoramento dos focos de incêndio com a coordenação do governo estadual. 

Nesta primeira cerimônia, as autoridades puderam também ouvir as comunidades locais, ribeirinhos e povos indígenas. A coordenadora da Cufa (Central Única das Favelas) de Corumbá, Amanda de Paula, levantou uma importante questão, das dificuldades de subsistência das famílias ribeirinhas enquanto o fogo se alastra pela região.

Segundo ela, centenas de famílias ribeirinhas no curso do rio Paraguai estão passando por dificuldades e sem poder ir trabalhar porque foram rodeadas pelos focos de incêndio. “Há famílias pedindo resgate, pois têm medo de passar pelo fogo, estão em área de difícil acesso e dependem da pesca e comércio de isca para sobrevivência, mas tudo está parado”, revelou.

“São poucas as doações, eles estão precisando de água potável e cestas básicas, mesmo pescadores profissionais que recebem salário estão com dificuldades”, disse. “Antes de viralizar a imagem do Banho de São João, essas famílias já estavam sofrendo com o impacto das queimadas com dificuldades pra respirar e sem conseguir sair pra trabalhar”, contou Amanda.

Em resposta, o Governador Eduardo Riedel destacou que a Defesa Civil de Mato Grosso do Sul já traçou planejamento para distribuição de cestas básicas e água potável para comunidades ribeirinhas afetadas.

(Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Comunidades indígenas também sofrem impactos

Após a coletiva dos ministros, o líder indígena Anísio Guató entregou peças de artesanato para os agentes públicos e convidou-os a conhecerem as aldeias.

“As pessoas construíram um pensamento acerca do que é ser pantaneiro, mas nós, povos originários, estamos aqui há 8.400 anos e essa nossa memória, nosso patrimônio histórico e cultural, precisa ser valorizado”, destacou.

Além disso, o líder falou sobre as necessidades das aldeias. “Nós precisamos de serviços, o Estado não nos inclui, mas tem responsabilidade de proteger essas comunidades, são 8.400 anos de história do nosso povo que não pode cair no esquecimento”, disse.

Visita dos ministros

Uma comitiva estadual recepcionou os representantes do Governo Federal, como o governador, o secretário da casa civil, Eduardo Rocha, os deputados federais Vander Loubet (PT), Dagoberto Nogueira (PSDB), servidores da Defesa Civil e do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Durante visita dos ministros, céu de Corumbá esteve tomado pela fumaça dos incêndios (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Fogo no Pantanal

O fogo tem castigado o Pantanal há semanas e destruiu milhares de hectares do bioma. Na noite de quinta-feira (27), 40 dos 82 agentes da Força Nacional chegaram a Corumbá para reforçar o combate aos incêndios.

O monitoramento de focos ativos do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostra que o número de focos no Pantanal de Mato Grosso do Sul chegou a 2.552 entre 1º de junho e a última quinta-feira (27), número muito maior do que os 77 detectados em todo o mês no ano passado.

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