Um par de olhos feitos de botão preto em uma rua do bairro Monte Castelo “encara” o de carros e pedestres que lhe devolve um olhar curioso. Quem passa pela rua íngreme não resiste a dar uma olhadinha em um boneco de abandonado em uma cadeira segurando uma cerveja Heineken em uma das mãos. 

O boneco foi colocado sentado em uma cadeira de vime na Rua Gramado em frente a um terreno baldio. O rosto parece pichado e as roupas são feitas de E.V.A. Um rasgadinho em um dos pés mostra o que parece ser pó de serra saindo. No sorriso colado com tecido seria aquilo uma espuma imitando um cigarro?

Na quadra em que o Papai Noel “desempregado” foi abandonado não há residências que possam indicar um possível ex-dono. São apenas canteiros de obras ou terrenos vazios. 

São muitas as perguntas que rondam o Papai Noel abandonado no bairro Monte Castelo. Quem o colocou lá? Qual o motivo? Por que ele segura uma cerveja e fuma? Algum evento com o Papai Noel marcou uma família que decidiu largá-lo na rua? Seria só uma brincadeira?

Boneco foi colocado sentado em uma cadeira. (Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

Outros detalhes do boneco, que parece ter um corpo acolchoado, chamam a atenção e mais dúvidas. O pano branco enrolado no braço seria a imitação de um ferimento? 

Espionagem?

O Midiamax conversou com uma moradora que estava a caminho de casa na mesma rua em que fica o terreno baldio. 

Ela disse que frequentemente passa em frente ao local e percebeu que o boneco foi colocado daquele jeito, já com todos os detalhes, poucos dias após o ano-novo. 

Rosto parece ter sido pichado. (Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

A mulher diz que não faz ideia de quem possa ter colocado o boneco naquela cadeira e o deixado por lá exposto ao sol e chuva. 

“Eu vi como uma coisa negativa. Eu tenho até medo que às vezes estarem filmando ou fazendo um trabalho espiritual negativo”, ela confessa. 

Você sabe quem é o dono do Papai Noel?

Caso você saiba quem é ou seja o proprietário do curioso boneco do Papai Noel, no bairro Monte Castelo, entre em contato com o Midiamax para contar a história. 

Os leitores podem entrar em contato com a redação para fazer a sugestão de pauta por meio do nosso Canal Fala Povo (67) 9 9207-4330. O link para o WhatsApp está disponível no final da reportagem. 

Colchão do corno anônimo

Esta não é a primeira vez que “objetos curiosos” são descartados pelas ruas de . Por duas vezes, o Midiamax mostrou que colchões foram abandonados na Rua Carmela Dutra, na Vila Sobrinho, com mensagens de um “corno anônimo”. 

O primeiro colchão pichado apareceu em dezembro de 2022 com os dizeres “Fui corno nesse colchão”.

Colchões chamaram a atenção na Vila Sobrinho. (Henrique Arakaki e Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

O segundo colchão apareceu oito meses depois na mesma região com um recado que parece um desdobramento do primeiro objeto abandonado. Em letras garrafais estava escrito “fui corno de novo”

Comparando as duas imagens, é possível supor que os dois estofados eram da mesma pessoa. Contudo, o “corno anônimo” não foi identificado até hoje.

Abandono de objeto na rua é crime?

Conforme o CTB (Código de Trânsito Brasileiro), abandonar objetos ou substância na via é proibido, sendo considerada uma infração média, com equivalente a R$ 130,16.

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