A Adufms (Associação dos Docentes da UFMS) recusou a proposta de reajuste do governo em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (23). Com isso, a greve dos professores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) continua vigente no Estado.

Segundo a presidente da Adufms, Mariuza Guimarães, uma contraproposta será enviada para o Comando Nacional de Greve e avaliada junto as decisões de assembleia de todo o Brasil.

Além disso, uma nova assembleia foi marcada para o dia 29. Na próxima segunda-feira (27), o grupo se reunirá com o Governo Federal para discutir as propostas.

A contraproposta da Adufms é a seguinte:

  • Diminuição do interstício de 18 para 12 meses;
  • Reajuste Linear: 3,5% 2024; 9,0% 2025; 5% 2026;
  • Steps em aberto para discussão no CNG;
  • Em última instância: mantido o 0% em 2024, aumentar índice para 2026;
  • Benefício fiscal desconto de 70% no IRPF por 5 anos;

Adesão de 68% dos professores

De acordo com a última atualização, a greve dos professores da UFMS está com mais servidores públicos paralisados em todo o Estado. Segundo Mariuza, pelo menos 68% já aderiram à greve, 3% que a atualização anterior.

O movimento visa à recomposição salarial, ou seja, a correção dos salários conforme a inflação, além de melhorias nas condições de trabalho e na qualidade da educação pública.

Mais de 20 mil alunos afetados

Em Mato Grosso do Sul, a paralisação total pode afetar mais de 25 mil estudantes matriculados em 138 cursos da UFMS. A paralisação das aulas depende de cada curso, mas os docentes não têm obrigação de aderir à greve.

Além disso, o reitor Marcelo Turine criou um grupo de trabalho para tratar do movimento grevista dos professores, assim como realizado com o movimento de greve dos servidores técnico-administrativos.

Desde o dia 14 de março, servidores técnico-administrativos da UFMS pararam as atividades em ação nacional.

Em nota, a UFMS informou que a greve é um direito constitucional e a adesão é individual. No entanto, a instituição esclareceu que não haverá suspensão do Calendário Acadêmico de 2024 pela reitoria.

A greve dos professores, iniciada em 1° de maio, ocorre nove anos após a última paralisação da categoria em Mato Grosso do Sul. O movimento grevista nacional recebeu adesão de 39 instituições federais em todo o país, conforme levantamento do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior).