Prefeitura de Campo Grande recorre ao Iphan Nacional para reforma da Feira Central

Iphan de Mato Grosso do Sul deu parecer contrário ao projeto

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(Feira Central. Arquivo)

Após a negativa do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), de Mato Grosso do Sul, a Prefeitura de Campo Grande encaminhou um recurso para o Iphan Nacional para tentar conseguir colocar o projeto de R$ 40 milhões da reforma da Feira Central da Capital.

O secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Marcelo Miglioli, explicou ao Midiamax que o espaço onde a Feira Central de Campo Grande está localizada é uma área tombada. Sendo assim, é necessária a autorização do Iphan de MS, mas de acordo com o chefe da pasta, o órgão não aprovou o projeto.

“Para executar a obra, algumas liberações são necessárias. O Iphan de Mato Grosso do Sul não aprovou o projeto. Eles alegam que a proposta perderia a visão da rotunda da feira. A meu ver, isso já não acontece devido às árvores que existem no local. Sendo assim, após a negativa, encaminhamos um recurso para o Iphan Nacional e estamos no aguardo”, disse o secretário.

Miglioli também diz que não tem uma data definida para o Iphan Nacional autorizar a continuidade do projeto, mas adianta que está otimista. “Não tem um prazo legal. Encaminhamos o recurso e estamos aguardando. Na minha opinião, é algo triste. A Feira Central é um ponto turístico e tradicional. No nosso entendimento, se conseguíssemos realizar o projeto, faríamos do lugar um complexo turístico”.

INVESTIMENTO DE R$ 40 MILHÕES

O investimento total é de R$ 40 milhões na estrutura de 11.500 metros de área construída que será distribuída em dois andares. O térreo, com 5,5 mil m² de área construída, será reservado para as 58 bancas de hortigranjeiros e o espaço de venda dos demais produtos.

(Projeto da Feira Central)

No segundo pavimento, com 6 mil metros quadrados, haverá um espaço multiuso de 700 m² destinado a eventos como apresentações musicais e artísticas. O lugar terá arquibancada retrátil e uma praça na entrada em referência ao japão e anfiteatro ao ar livre.

No pavimento superior, também haverá um setor de alimentação, com 2,8 mil m² divididos em 30 restaurantes centrais, com capacidade para 920 lugares. Haverá uma praça de alimentação dividida em 10 setores. Todo o complexo terá estacionamento para 500 veículos.

O Iphan de MS, encaminhou uma nota a equipe de reportagem. Veja na íntegra:

“O projeto de revitalização da Feira Central de Campo Grande (MS) foi analisado pelo Iphan-MS, conforme procedimentos definidos na Portaria Iphan nº 420/2010, tendo sido negado pela área técnica e em recurso pelo superintendente.

Em fevereiro de 2024, um novo recurso foi submetido, em segunda instância, à presidência do Iphan, que a encaminhou ao Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização (DEPAM), cuja manifestação ocorrerá por meio de parecer técnico a ser elaborado pela Câmara de Análise de Recursos (CAR), conforme prevê a Portaria citada.

Não é possível ao Iphan se manifestar neste momento, pois o projeto está em análise pela CAR”.

*Matéria editada às 10h55 do dia 1º de abril para acréscimo de informações.

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