Chega mais um Dia dos Namorados, época rodeada de romantismo e de comemoração de união entre os casais. Mas, afinal, a data seria uma mera jogada de marketing para o faturamento do comércio ou tem algum significativo de criar conexões entre os companheiros.
O Jornal Midiamax foi às ruas do Centro de Campo Grande para descobrir a opinião dos pombinhos sobre a importância da tão esperada data para os relacionamentos. Para a maioria, o presente e o momento a sós são essenciais
Jorge Gonçalves, de 20 anos, e a namorada, de 16 anos, caminhavam de mãos dadas. Questionada sobre qual a importância da data, ela é categórica: “Estamos juntos há cinco meses. O presente tem que ser bom e caro também”. Ele conclui que se conheciam antes do romance. “Eramos amigos antes, mas nos permitimos nos conhecer. O momento é importante e já estamos planejando (a comemoração)”, diz ele.
Se para os recentes casais a comemoração é vital, para quem já está junto há anos o dia será para trabalhar e ganhar dinheiro. Karolayne Alves de Araujo, de 26 anos, e Gabriel Borges Andrade, de 25, já comemoraram antes porque querem lucrar no Dia dos Namorados.
“A data representa muito para ganhar dinheiro. Temos uma pizzaria e vamos abrir”, disse ela. “Estamos há 10 anos juntos, comemoramos antes, mas já temos muito comemorado nesses anos. Também acho o dinheiro importante nesse dia”, comenta ele.
Investimento na vida a dois
Outro casal, que preferiu não se identificar, celebrará as bodas de prata de forma mais tranquila, em casa, mas com a compra de algo simbólico. Ela, de 53 anos, e ele, de 55, contam que eram vizinhos e se apaixonaram na juventude.
“É importante mostrar que ama, com um presente, com um almoço, essas coisas têm que mostrar no dia a dia. Já comemoramos tantos que não tem nem mais o que inventar, mas acho que vamos comemorar em casa porque o dinheiro está curto”, relata ela.
“Ela sempre diz que não quer presente, que prefere economizar, mas tem que comprar, a data é para isso, como ela disse, mostrar que ama de alguma forma. Sempre nos damos presente, mas ano passado nós não compramos para investir na viagem fora de época, que saiu mais barato e aproveitamos” completa ele.
Kelly Cristina Neta Freitas, de 40 anos, e Josué Francisco Ramos Baren, relembram que se conhecem há 15 anos, quando ela estava casada e ele era amigo do casal. Após a separação, há quatro anos, eles se apaixonaram.
Sobre a data, ele comenta: “Eu tenho certeza que não vou estar aqui, vou estar trabalhando, viajando, mas vamos comemorar”. Já ela diz que vão dar um jeito: “Vamos comemorar de alguma forma, poderá ser depois, comemorar juntos vai ser o importante”.
Procura antecipada pelo ‘mimo’
Pode até haver casais que não se importem com o presente ou o gasto, mas é inegável que a data movimenta vários setores do comércio, principalmente de lojas especializadas em itens sugestivos para o romantismo, como joias, perfumes ou lingerie.
Kelryn Inês Ferreira de Oliveira, vendedora da Maube da unidade na Rua 14 de Julho, conta que a procura já está antecipada e os principais “mimos” procurados são joias, semi-joias, relógios e peças do setor sensual.
“O que mais tem sido pedido são gargantilhas em ouro, brincos em ouro e, principalmente, alianças. Peças de prata também estão em alta no momento. A lingerie está saindo bastante, com uma procura muito grande. As pessoas estão se adiantando bastante, mas como há muitas que deixam para última hora, geralmente de segunda a quarta da semana que vem, provavelmente o fluxo será bem maior, pois há muitas pessoas que deixam para última hora”.
Assim como no Dia das Mães, essa data é uma das melhores para o setor. Kelryn diz que a unidade precisou abastecer o estoque de relógios, bolsas e peças íntimas. Em média, eles estão investindo mais em peças de ouro, a partir de R$ 1,2 mil, e prata a partir de R$ 780.
“Hoje estamos organizando tudo nos lugares certos, para que o cliente tenha uma percepção melhor. Já mudamos nossa vitrine, já colocamos preço em tudo, para deixar tudo organizado. Nossa expectativa é muito grande”.
Reservas e cardápios
O momento a dois também é um investimento, por isso, o setor culinário também é um chamariz para aqueles que desejam ‘fisgar’ o par pelo estômago. Paco Kawijiam, proprietário do restaurante Yallah, diz que, normalmente, o jantar ou almoço para o casal na data custa em média R$ 300. “Terminamos de montar o cardápio hoje e já estamos recebendo reservas”.
Já no restaurante Vermelho Grill, o restaurante costuma atender cerca de 150 a 200 pessoas na data. O setor de reservas diz que já tem procura para um espaço no dia. Em média, os casais gastam de R$ 200 a R$ 300.
