Mais de 300 pessoas voltaram a enfrentar calor filas para conseguir matricular os filhos, netos e sobrinhos na Reme (Rede Municipal de Ensino) de . A aglomeração acontece em frente a que realiza o segundo de vagas de 2024 neste sábado.

Serão disponibilizadas em torno de 180 senhas por ordem de chegada e o público alvo são pessoas que não foram designadas para nenhum Ceim (Centro de Educação Infantil) ou escola, além de alunos que foram designadas para fora das três opções de pré-matrícula.

“É uma situação humilhante para as pessoas que trabalham e pagam impostos em dia e precisam recorrer a Justiça para tentar conseguir colocar uma criança na escola”, reclama o mecânico Wanderley Ferreira de Souza à reportagem do Midiamax.

Ele é morador do Colibri e juntamente com esposa, está em busca de uma vaga para a neta de três anos. Procurei a (Secretaria Municipal de educação) de forma virtual e também presencial, mas não conseguimos designação pana nenhuma creche”, explica Wanderley.

Segundo o Defensor Público da Infância e Adolescência, Bruno Bertoli Grassani, muitas famílias ficaram sem vagas e outras obtiveram uma designação distante da sua residência e pediram a ajuda ao órgão.

 “Como a lei determina que toda criança e adolescente tem o direito a escola num local próximo da sua residência, então, se essas pessoas não obtiveram isso, teve uma violação e a Defensoria consegue entrar com ações judiciais”, pondera o defensor público.

A reportagem do Jornal Midiamax acompanhou o primeiro mutirão oferecido pela Defensoria Pública no dia 3 de fevereiro, quando foram feitos 103 atendimentos. Para ter acesso a uma das senhas, muitos pais passaram a noite na fila.

“Vim aqui em busca de uma senha para relatar o meu caso. Estou aqui desde às 23 horas tentando vaga no Ceim. Eu trabalho e não tem ninguém para cuidar das minhas filhas, uma de 10 meses e a outra de um ano e dez meses”, contou Narielly Gomes Peruci, de 28 anos.

A manicure é moradora do Jardim Guaicurus e relata que fez a inscrição na Semed (Secretaria Municipal de Educação) mas não recebeu nenhuma designação. “Estou desesperada. Eu preciso demais dessas vagas para poder trabalhar e garantir o sustento delas, uma vez que dependem só de mim”, desabafa Narielly.

Karina Lopes, de 36 anos também está tentando matricular a filha, de 6 anos, em uma das escolas da prefeitura. “No ano passado eu não consegui vaga e ela ficou sem estudar”. Agora a história se repete e a menina corre o risco de ficar de fora novamente, explica a moradora do Jardim Santo André.

O que diz a prefeitura:

Em nota divulgada à imprensa na quinta-feira (15), a Assessoria de Comunicação da prefeitura de Dourados, informa que a Semed (Secretaria Municipal de Educação), segue com o atendimento presencial da Central de Matrículas.

Ainda segundo a administração municipal, as escolas e Ceims de Dourados contam com mais de mil vagas. De acordo com a nota, os serviços seguem até o dia 29 de fevereiro, das 7h30 às 13h30, no CAM (Centro Administrativo Municipal).

“Além das mil vagas restantes na Reme, Dourados ainda conta com as unidades educacionais conveniadas, contratadas pela Prefeitura, que podem ser acionadas em caso de necessidade, aumentando assim o número de vagas na cidade”, conclui a nota da prefeitura.